Operação do Ministério Público desmantela esquema criminoso em empresas de ônibus de São Paulo

Foto: Transwolff

Na manhã desta terça-feira (9), o Ministério Público de São Paulo deflagrou a Operação Fim da Linha, resultando na prisão preventiva de quatro dirigentes das empresas de ônibus da capital, Transwolff e Upbus. Os suspeitos são acusados de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os alvos da operação incluem Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, dono da Transwolff, que foi preso em sua residência, e Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff, capturado na garagem da empresa. Além deles, Joelson Santos da Silva e Elio Rodrigues dos Santos também foram detidos, sendo este último flagrado com porte de arma.

A operação ocorreu não apenas na capital paulista, mas também na Grande São Paulo e em cidades do interior. Durante as buscas em uma das residências dos investigados, foram encontrados diversos armamentos, incluindo fuzis, revólveres, dinheiro e joias.

Em resposta às investigações, a Justiça determinou que a SPTrans, estatal de transporte coletivo de São Paulo, assumisse imediatamente a operação das linhas administradas pelas empresas Transwolff e Upbus. Esta decisão vem após casos recentes de atrasos e falhas operacionais, como o registrado no Terminal Varginha II, onde passageiros vandalizaram equipamentos devido a um atraso de mais de duas horas em uma linha operada pela Transwolff.

Apesar das mudanças, a SPTrans assegurou que não haverá impacto na operação das linhas nesta manhã, garantindo o serviço à população sem prejuízos. Juntas, as duas companhias transportam cerca de 15 milhões de passageiros por mês.

Além das prisões, as decisões judiciais estabeleceram o bloqueio de bens dos investigados, no valor máximo de quase R$ 600 milhões. Os dirigentes das empresas foram ordenados a se afastarem de seus cargos, e cinco deles, ligados à Upbus, estão sujeitos a medidas cautelares, incluindo a proibição de frequentar a empresa e de se ausentar da cidade sem autorização judicial.

A operação, realizada em conjunto pela Polícia Militar, Receita Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), visa desmantelar um esquema criminoso que teria ligações com o tráfico de drogas e outros crimes, operando dentro do sistema de transporte público da cidade.

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