Milton Leite e Jilmar Tatto serão ouvidos como testemunhas em investigação sobre lavagem de dinheiro em empresas de ônibus de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) indicou o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), e o deputado federal Jilmar Tatto (PT), ex-secretário de Transportes da capital, como testemunhas em uma ação judicial que investiga empresas de ônibus suspeitas de lavagem de dinheiro na cidade.

A investigação está vinculada à Operação “Fim da Linha”, desencadeada na terça-feira (9), que tem como alvo as empresas Transwolff e UPBus, alegadamente ligadas a um esquema ilícito do Primeiro Comando da Capital (PCC). Estas empresas teriam recebido mais de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo por serviços prestados em linhas de ônibus nas Zonas Sul e Leste da cidade.

O vereador Milton Leite é apontado como tendo ligações próximas com Luiz Carlos Efigênio Pacheco, proprietário da Transwolff, que foi preso durante a operação do MP-SP. Pacheco, conhecido como “Pandora”, enfrentou processos judiciais anteriores, incluindo um em 2006, relacionado ao resgate de um preso ligado ao PCC em São Paulo. Além disso, a empresa de construção do vereador foi contratada para construir a garagem da Cooper Pam, uma cooperativa de perueiros anteriormente presidida por Pacheco.

Jilmar Tatto, por sua vez, foi secretário de Transportes durante a gestão Fernando Haddad e anteriormente na gestão de Marta Suplicy. Ele também será chamado para depor, junto com funcionários da Transwolff, um consultor em licitações e o atual diretor de Engenharia, Obras e Meio Ambiente da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), Marcelo José Brandão Machado, que anteriormente integrou a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo.

Ambos os políticos mencionados afirmaram, por meio de notas, que ainda não receberam notificações oficiais, mas estão dispostos a cooperar com a Justiça e o Ministério Público.

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