Justiça de São Paulo libera operação do transporte aquático na Represa Billings

Em decisão divulgada neste domingo, 14 de abril de 2024, a Justiça de São Paulo liberou a operação do transporte aquático dentro da Represa Billings, na capital paulista. O desembargador José Helton Nogueira D. Júnior justificou que o Ministério Público não conseguiu comprovar de forma clara os possíveis danos ao meio ambiente que a circulação dos barcos poderia trazer.

Na decisão, o desembargador destacou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) não identificou impactos ambientais significativos, e ressaltou que o projeto piloto se limita ao transporte público hidroviário na Represa Billings, o que pode contribuir para a redução da emissão de poluentes no meio ambiente.

Com o aval da Justiça, a prefeitura poderá retomar o projeto piloto do Aquático SP, que visa inicialmente operar linhas de transporte de passageiros com embarcações com capacidade para 60 pessoas sentadas. As embarcações terão portas laterais para embarque e desembarque, espaço para cadeirantes, bicicletas, Wi-Fi e ar-condicionado.

O valor da tarifa será o mesmo dos ônibus, permitindo a integração com outras linhas por meio do Bilhete Único. O tempo de viagem estimado será de aproximadamente 30 minutos para o trajeto de 3 km entre as duas pontas da represa.

Apesar da TransWolff, empresa responsável pela operação das embarcações, estar sob investigação policial por suspeitas de lavagem de dinheiro por facção criminosa, a implantação do transporte aquaviário faz parte do plano de metas da Prefeitura de São Paulo e foi promessa de campanha da atual gestão municipal.

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