Meta de ônibus elétricos na cidade de São Paulo continua distante de ser cumprida

Segundo dados atualizados pela SPTrans nesta quinta-feira (7), a Prefeitura de São Paulo enfrenta desafios na implementação de veículos elétricos em sua frota de ônibus, alcançando apenas 2,4% do objetivo estabelecido. Com 285 coletivos movidos a energia renovável, a capital atingiu apenas 11,9% da meta para o final de 2024.

O plano estabelecido no início da gestão Bruno Covas/Ricardo Nunes previa encerrar 2024 com 20% da frota composta por veículos de matriz energética limpa, equivalente a 2.390 veículos do total de 11.950 em circulação na cidade.

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  • Atualmente, a frota é composta por 84 ônibus movidos a bateria, 201 trólebus e 11.665 veículos movidos a diesel.

    Durante uma agenda nesta quarta-feira (7), o prefeito Ricardo Nunes responsabilizou a Enel pela situação, alegando que a implantação da infraestrutura necessária para receber os ônibus elétricos nas garagens das concessionárias seria responsabilidade da distribuidora de energia.

    Ricardo Nunes declarou: “Em mais um episódio, a Enel atrapalha a cidade de São Paulo. A gente tinha uma previsão de um valor de R$ 600 milhões para fazer infraestrutura nas garagens para poder recepcionar os ônibus elétricos, para que fossem carregados. E, agora, a Enel vem com uma surpresa de R$ 1,6 bilhão.”

    O prefeito também mencionou que, embora a cidade já tenha vários ônibus elétricos prontos, não é possível incluí-los na frota devido à falta de pontos de recarga suficientes.

    A Enel alega que o valor total do projeto de infraestrutura e o cronograma de implantação variam de acordo com a solução adotada pela concessionária do transporte coletivo, como o uso de média ou alta tensão. A distribuidora afirmou ainda que existem outras empresas no mercado capazes de oferecer o mesmo serviço de implantação da infraestrutura para carregamento.

    A Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana afirmou que a meta de 20% está mantida e que os ônibus estão sendo fabricados de acordo com a capacidade produtiva dos diversos fornecedores envolvidos no processo de construção. A secretaria segue trabalhando com os envolvidos na implantação da infraestrutura necessária para carregar grandes frotas de forma simultânea nas garagens.

    A adoção de ônibus elétricos não apenas busca cumprir metas de redução de emissões de poluentes, mas também contribuir para a diminuição das emissões de gás carbônico no transporte coletivo, conforme exigências legais que visam zerar as emissões até 2038. Apesar de 50 ônibus elétricos terem sido recebidos em setembro de 2023, a meta de atingir 600 veículos elétricos na frota até o final daquele ano não foi alcançada.