O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, admitiu que a privatização da Sabesp não deve impedir um aumento nas tarifas.
“A tarifa vai subir, mas a privatização garante que ela vai subir num valor menor”, afirmou durante um evento na segunda, dia 11.
Participe dos canais do Mobilidade Sampa: X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, LinkedIn ou canais no WhatsApp e Telegram
A afirmação de Tarcísio vai contra tudo o que ele e sua equipe disseram até agora, como um dos principais argumento a favor da privatização, de que não haveria aumento.
O governo afirmou, durante toda a tramitação do projeto, que um aporte inicial de recursos provenientes da venda de ações deveria estabilizar as tarifas – o que impediria, em tese, seu aumento.
Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, chegou a afirmar que o modelo de privatização na Sabesp daria “segurança à população de São Paulo”, com a “universalização dos serviços de saneamento para 2029, além de garantir mais investimentos para todo o sistema aliado à redução tarifária”.
Tarcísio de Freitas assegurou que o governo de São Paulo vai permanecer como um acionista relevante da Sabesp, apesar de não deter mais o controle acionário, e que terá um papel significativo na governança da empresa. “As dúvidas estão sendo equacionadas e em breve vamos divulgar o novo modelo regulatório”, afirmou.
A Sabesp é apenas umas das empresas públicas que o governador quer privatizar. No pacote consta ainda as linhas do Metrô e da CPTM, a EMAE, a Fundação Casa e as escolas estaduais.