Os metroviários descartaram uma nova greve no Metrô de São Paulo na próxima semana.
Em assembleia que durou cerca de 24 horas a categoria decidiu não cruzar os braços e trabalhar normalmente.
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A discussão sobre a possibilidade de uma nova greve foi convocada após a o Metrô anunciar a demissão de cinco operadores de trens por causa da paralisação surpresa de metroviários do último dia 12.
Como mostrou o Mobilidade Sampa, o Metrô de São Paulo demitiu cinco funcionários envolvidos na paralisação surpresa do último dia 12 de outubro.
Cinco funcionários foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que irá apurar a ocorrência de falta grave e decidir pela consequente demissão.
Ao todo, 59,4% das pessoas (1.630 metroviários) que votaram foram contra a greve no próximo dia 31. Votaram favoráveis 37,2% (1.021 trabalhadores) e houve 93 abstenções (3,4%).
A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, lembrou que foi demitida em 2014 junto com cerca de 40 funcionários, após a maior greve dos últimos dez anos —a paralisação daquele ano durou cinco dias.
“Talvez tenham sido os quatro anos mais difíceis das nossas vidas [período que duraram as demissões], mas posso garantir a vocês que, com coletividade, com solidariedade, dando as mãos, a gente consegue enfrentar esse momento”, disse ela.
O Metrô de São Paulo não descarta nova punições e/ou demissões.