Sindicatos propõem catraca livre em greve contra privatizações do Metrô, da CPTM e da Sabesp

Os sindicatos dos metroviários, dos ferroviários e dos funcionários da Sabesp, farão greve nesta terça-feira, 03 de outubro, contra privatizações e concessões dos serviços das três empresas, previstas pelo governador Tarcísio de Freitas.

O governador Tarcísio de Freitas quer conceder todas as linhas do Metrô e da CPTM para a iniciativa privada, transformando as empresas em gerenciadoras do sistema, e não mais operadoras.

No caso da Sabesp, a ideia é conceder todos os serviços, buscando “melhorias e a diminuição do preço na fatura dos clientes”.

Em entrevista coletiva, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, propôs que as linhas do Metrô afetadas pela greve – 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata – funcionem com catracas abertas, sem a cobrança de tarifa, permitindo a circulação normal dos usuários.

“A gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas. Se o governador topar o desafio, a gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas para não prejudicar o trânsito da população. Mas ele não pode mentir, como ele fez em março. Na época, ele topou, nós estávamos prontos para trabalhar com catraca livre, mas ele recuou”, disse Camila.

Questionada sobre reivindicações das categorias para que a greve não aconteça, a presidente do Sindicato dos Metroviários disse que, até o momento, o governo do estado “não chamou ninguém para conversar”.

“A última declaração de um representante do governo foi sugerindo que nossa greve não tem previsão legal. Isso não é verdade”, diz ela. “Diante de sucessivas declarações dizendo que vai privatizar, não temos como responder sobre uma contrapartida. É um movimento de protesto, um aviso. Nossas categorias vão lutar até o final”, afirma Camila.