A Prefeitura de São Paulo repassou mais R$ 460 milhões para custear o sistema de ônibus urbano da cidade.
Este é o maior repasse único feito este ano pela gestão Ricardo Nunes. Somente em 2023, os subsídios superam os R$ 4 bilhões. No mesmo período de 2022, o valor ficou não chegou a R$ 3 bilhões.
Apesar do aumento expressivo dos passageiros usando os ônibus na cidade, houve um crescimento do dinheiro público gasto pela Prefeitura para manter o sistema funcionando.
Segundo relatório divulgado pela SPTrans sobre o sistema de ônibus da cidade, os dados foram:
- Em 2022, o total de passageiros transportados nos ônibus da cidade foi de 2,05 bilhões, uma alta de 22,75% em comparação ao ano anterior (1,67 bilhão);
- A média é de 6,8 milhões de passageiros por dia útil; em 2021, a média foi de 5,6 milhões.
Isso gerou um aumento na receita das tarifas para a SPTrans. O valor arrecadado passou de R$ 4,28 bilhões em 2021 para R$ 5,05 bilhões em 2022, alta de cerca de 19%.
Em compensação, o custo total do sistema também subiu: de R$ 7,8 bilhões em 2021 para R$ 10,3 bilhões no ano passado, um crescimento de 32% nas despesas.
O número implicou diretamente no valor total do dinheiro que a Prefeitura aplica no sistema anualmente. Em 2021, os subsídios na capital somaram R$ 3,4 bilhões; no ano passado, passaram para R$ 5,1 bilhões, aumento de 50%.
Ou seja, apesar do aumento dos passageiros, o sistema de ônibus está mais caro para os cofres públicos.
O Mobilidade Sampa procurou a SPTrans e aguarda posicionamento.