Ricardo Nunes quer acabar com o sistema trólebus em São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes quer acabar com o sistema trólebus na cidade de São Paulo.

Na semana passada, durante uma entrevista para a Rádio CBN, o prefeito informou que quer tirar os trólebus de circulação.

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“Quero tirar aquilo!”, disse o prefeito, que seguiu dizendo que os trólebus são velhos, antigos e problemáticos e que o custo de manutenção são altos.

O atual prefeito segue os moldes de sua secretária secretária de Relações Internacionais e ex-prefeita da capital, Marta Suplicy, que em sua gestão entre os anos de 2001 e 2004, dizimou boa parte das linhas de trólebus na época.

Ricardo Nunes tem a ambiciosa meta de colocar 2600 ônibus elétricos a bateria em operação até o fim de 2024, no entanto, mesmo com os esforços das montadoras e das empresas, somente 18 ônibus deste tipo estão em operação no extremo sul da cidade.

Nunes briga contra o relógio, precisa mostrar “serviço” já que tem deixado a desejar na área de mobilidade e no próximo ano, será candidato à reeleição.

Caso o plano de Nunes vá para frente, a cidade de São Paulo estará indo na contramão de alguns países da Europa e Ásia, que estão modernizando seus sistemas de trólebus.

Com o avanço da tecnologia, hoje já é possível unir o sistema a bateria com a catenária, e com isso, o coletivo é carregado pela própria conexão na rede elétrica, e pode circular num sistema “misto”, ou seja, parte em rede aérea, parte a bateria.

Nota do editor: O prefeito Ricardo Nunes diz em diversas entrevistas que sua gestão aborda questões climáticas, menciona que metade da poluição do ar vindo dos veículos, são dos ônibus a diesel, e ao invés de lutar por mais tecnologias limpas, quer tirar um sistema funcional em troca de um outro cujo cronograma está atrasado. O atual prefeito não têm apoio da população, corre o risco de não se reeleger, e dÁ mais uma “bola fora” com suas atuais declarações.

O Blog Plamurb levantou algumas questões sobre a prefeitura priorizar os veículos a bateria e indagou algumas perguntas ainda não esclarecidas:

  • Como será o descarte das baterias após sua vida útil?
  • Haverá estrutura suficiente para a recarga dos 2600 veículos?
  • Os veículos possuem grau de confiabilidade consagrado?
  • Como será diluído o custo dos veículos comprados pelas empresas?

Outra passagem escrita no blog é sobre a Lei Nº 16.802 de 17 de Janeiro de 2018 que trata da inclusão de veículos menos poluentes na frota de ônibus de São Paulo, indicando o uso dos trólebus. O parágrafo 4º do Art.1 diz haver a priorização da frota de trólebus:

“§ 4º O processo de substituição de frota por insumos energéticos e tecnologias mais limpas deve priorizar a expansão da frota de trólebus, com unidades novas equipadas com bancos de baterias, no mínimo, até que a atual rede de distribuição de energia não fique com capacidade ociosa.”

Com isso, fica claro que o prefeito Ricardo Nunes não está cumprido o que a Lei manda.

Confira a entrevista completa abaixo: