Imagine só chegar em casa e ligar seu carro na tomada para carregar, assim como você faz com o seu celular? Isso já é uma realidade com os veículos elétricos, que não emitem poluentes e possuem uma melhor eficiência energética, comparados aos veículos movidos à combustão. Segundo a Abve (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), no primeiro trimestre de 2023 foram vendidos 14.787 eletrificados leves, cerca de 50% a mais do que o mesmo período de 2022 (9.844).
Mas como reabastecê-lo? Sim, é possível carregar o seu veículo em casa, com a tomada utilizada para receber o carregador portátil de 220V e aterrada, para que não haja risco de incêndio ou de sobrecarga na rede elétrica da residência. A recarga é demorada, chegando até 20 horas, dependendo do modelo do carro. Você pode também adquirir um carregador específico, chamado de Wall Box, vendido nas próprias concessionárias, que é mais eficiente.
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Pontos de recarga
Mas e se estiver viajando, como carregar? De acordo com os dados da ABVE, o Brasil possui cerca de 3 mil pontos de recarga disponíveis, localizados principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Confira os pontos de recarga na rodovia Fernão Dias:
- Posto Graal – Mairiporã – km 61+500, sentido norte
- Rancho do Português – Graal Mairiporã – km 70, sentido sul
- Venda do Chico – Carmópolis de Minas – km 583+5, sentido norte
- Posto Crosvile – Perdões – km 678+175, sentido sul
- Venda do Chico – Três Corações – km 742+760, sentido norte
- Posto Caxuxa – São Gonçalo do Sapucaí – km 802+213, sentido sul
Mas quanto custa a recarga? O valor da recarga em algumas redes é em média R$ 1,90/kWh. Por exemplo, um veículo com bateria 52kWh, fará a recarga total por R$ 98,80, com uma autonomia de 385 km. Sendo que alguns postos ainda não cobram pelo abastecimento.
Rodovias inteligentes
A Arteris substituiu dois veículos movidos à combustão de sua frota por dois carros elétricos. O objetivo é testar o rendimento dos novos veículos e observar se a tecnologia pode trazer mais eficiência e sustentabilidade para a operação nas rodovias, como a redução de emissão de gases de efeito estufa.
O projeto piloto está sendo realizado na concessionária Arteris ViaPaulista, que instalou pontos de recarga em sua sede em Ribeirão Preto, na subsede em Barra Bonita e na praça de pedágio de Itaí na SP-255. Os dois carros elétricos, quando totalmente carregados, possuem autonomia de trafegar 380 quilômetros. Juntos, os novos modelos poderão economizar até seis mil litros de gasolina por ano, reduzindo em até 100% a emissão de CO2 dos automóveis substituídos, já que os carregadores foram instalados em locais que estão sendo equipados com painéis de energia solar.
A ação tem como objetivo a realização de testes de desempenho dos veículos da frota, em comparação com outros tipos de combustível, incluindo eficiência, autonomia e benefícios na redução de emissão de CO2. Quando os testes completarem um ano de avaliação, a empresa irá analisar os resultados e a viabilidade de expansão do projeto para outras seis unidades da companhia nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
“Estamos desenvolvendo diversos projetos para suportar o nosso plano de descarbonização, o que inclui a aquisição dos carros elétricos e também outras iniciativas relacionadas ao eixo de ecoeficiência e que, em breve, serão anunciadas pela companhia”, explica a superintendente de Sustentabilidade da Arteris, Christiana Costa.
Agenda Global da ONU
Essa é apenas uma das iniciativas previstas pela agenda ESG da empresa no eixo de ecoeficiência. Ela está alinhada aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Organização das Nações Unidas, principalmente no que diz respeito ao combate à mudança global do clima, ao consumo e produção responsáveis.
“Trabalhamos para construir não apenas rodovias mais seguras, mas também estradas inteligentes, que atendam as necessidades do seu tempo. E fazemos isso sabendo da responsabilidade que temos para a construção de um futuro com caminhos que preservem a vida em movimento e levem desenvolvimento para toda a sociedade”, comenta Christiana Costa.