O Pix tem se destacado cada vez mais como o principal método de pagamento no Brasil, superando o uso de cartões, de acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma NPS Prism, em parceria com a Bain & Company. O levantamento revelou que o Pix é utilizado em 28% das transações, enquanto os cartões de crédito e débito são utilizados em 19% e 20% dos pagamentos, respectivamente.
O crescente uso do Pix é impulsionado principalmente pelos consumidores mais jovens, que têm adotado essa forma de pagamento de maneira significativa. Para se ter uma ideia da amplitude do pix entre os mais jovens, ele é utilizado para compras em lojas e online, transferências bancárias e até mesmo em casas de apostas que aceitam pix. Para se ter uma ideia da popularidade do Pix nesta modalidade, existem até mesmo sites de apostas que adotaram o Pix no nome.
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A pesquisa revelou que o Pix não tem sido bem recebido somente pelos jovens mas por todas as faixas etárias. Os jovens entre 18 e 35 anos afirmaram optar pelo Pix em 29% das transações, enquanto os consumidores com 51 anos ou mais o utilizam em 23% dos pagamentos. Ao todo, 16.852 pessoas foram entrevistadas para o estudo.
Silvio Marote, sócio sênior da Bain & Company, destaca que a mudança de comportamento dos consumidores em relação aos serviços bancários tem sido evidente. Essa mudança foi acelerada pelos hábitos adquiridos durante a pandemia e abrange diversos segmentos da população, não se limitando apenas aos mais jovens.
Embora o medo em relação à segurança do Pix seja citado como uma preocupação por parte dos consumidores com mais de 35 anos, muitos ainda não utilizam o sistema por necessitarem parcelar suas compras. No entanto, com o lançamento do Pix Parcelado pelo Banco Central, esse problema deve ser solucionado, o que pode aumentar ainda mais a preferência pelo Pix entre a população.
Além de ser o método de pagamento mais utilizado, o crescimento do Pix também está impactando a maneira como os consumidores se relacionam com os varejistas e os bancos. De acordo com a pesquisa da Bain, o número de saques em caixas eletrônicos e agências bancárias está diminuindo. Os consumidores com 51 anos ou mais apresentaram uma redução de 54% para 46% nesse hábito, enquanto os jovens de 18 a 35 anos tiveram uma queda mais expressiva, de 46% para 30%.
O NPS Prism, utilizado para análise do estudo, é um serviço de benchmarking baseado no conceito de Net Promoter Score (NPS), criado por Frederick F. Reichheld, um dos sócios da Bain. O NPS é amplamente utilizado em todo o mundo como uma das principais métricas para avaliação da satisfação do cliente.
Novidades no PIX – Indo além da função básica
Atualmente, o governo brasileiro está discutindo a possibilidade de utilizar o Pix para o pagamento de dívidas. Acreditam que o parcelamento de operações feitas no débito utilizando o sistema instantâneo de pagamentos pode melhorar as condições de crédito no país. Em pouco mais de dois anos, o Pix evoluiu significativamente em termos de sua aplicação, permitindo o pagamento de contas básicas, como luz e gás, além de oferecer serviços como o Pix Saque e o PixTroco. O Banco Central também está estudando outras inovações, como o uso do Pix em operações internacionais e pagamentos por aproximação.
Recentemente foi divulgada outra novidade que merece destaque. Foi lançada a primeira ferramenta de arrecadação gratuita que utiliza exclusivamente o Pix como forma de pagamento. Desenvolvida pela Benfeitoria, a plataforma chamada ChaPix oferece uma maneira mais segura e transparente de realizar “vaquinhas” online. As campanhas podem ser criadas em menos de dois minutos e não há cobrança de taxas. O nome “ChaPix” é uma referência ao tradicional chapéu passado para arrecadar doações.
O governo brasileiro, juntamente com o Ministério da Fazenda e o Banco Central, está discutindo a possibilidade de expandir ainda mais o uso do Pix. A ideia é permitir o pagamento de dívidas por meio desse sistema, o que poderia contribuir para melhorar as condições de crédito no país.
O Pix tem se mostrado uma revolução no mercado de pagamentos brasileiro. Sua facilidade, agilidade e segurança têm conquistado cada vez mais consumidores, tornando-o o método de pagamento preferido no país. Com a introdução do Pix Parcelado e outras inovações em estudo, espera-se que a popularidade do Pix continue a crescer, proporcionando uma experiência de pagamento mais eficiente e conveniente para os brasileiros.
Essa tendência também impacta diretamente o comportamento dos consumidores em relação aos caixas eletrônicos e agências bancárias, à medida que o número de saques vem diminuindo significativamente. Com a praticidade do Pix, muitas pessoas optam por realizar transações financeiras diretamente pelo aplicativo do banco, eliminando a necessidade de saques em dinheiro.
Diante desse cenário, o futuro do mercado de pagamentos no Brasil parece caminhar para uma maior digitalização e utilização de soluções como o Pix. As empresas e instituições financeiras devem se adaptar a essa nova realidade, oferecendo opções de pagamento compatíveis com as demandas e preferências dos consumidores.
O Pix já se consolidou como um método seguro, rápido e conveniente de realizar transações financeiras. Com seu crescimento contínuo e as iniciativas em curso para aprimorá-lo, o futuro do Pix no Brasil é promissor, transformando a forma como as pessoas realizam seus pagamentos e contribuindo para uma maior inclusão financeira em todo o país.