O Ministério Público de São Paulo vai analisar o plano de investimentos da ViaMobilidade para reduzir falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos.
Uma audiência de conciliação aconteceu na quinta-feira, 15 de junho, entre o Ministério Público de São Paulo, a bancada feminista do PSOL na Assembleia Legislativa e a ViaMobilidade para tentar resolver um impasse sobre o contrato da empresa.
O MP informou que a concessionária apresentou um plano de investimentos para reduzir as falhas. O órgão, que anteriormente recomendava a extinção do contrato, agora defende que o serviço continue sendo prestado pela empresa.
A ViaMobilidade ofereceu R$ 87 milhões de indenização e antecipação de investimentos de cerca de R$ 600 milhões, mas nada foi assinado até a quinta.
O CAEx (Centro de Apoio à Execução), órgão auxiliar do Ministério Público, está verificando se, tecnicamente, a proposta resolverá os inúmeros problemas frequentes sofridos por usuários do transporte.
Na quinta-feira, dia 15, a juíza não concedeu uma decisão liminar sobre o encerramento do contato com a empresa, como pedia a bancada do PSOL, e espera a manifestação do MP.
“Nós entendemos que essa empresa já mostrou que não tem capacidade de gerir um contrato como esse, uma linha tão importante, na verdade duas linhas tão importantes, que prejudicam tanto a população não só da cidade de São Paulo, mas também da Grande São Paulo”, disse Paula Nunes, deputada estadual pelo PSOL.
“A empresa nos últimos 20 dias apresentou uma proposta mais robusta de investimento de cerca de R$ 600 milhões e pagamento de uma indenização. Mesmo assim, nós dependemos da avaliação técnica dos engenheiros que atuam nessa área de trens para verificar se a proposta faz sentido, se ela resolve mesmo os problemas e também nós dependemos da avaliação do próprio estado de São Paulo, que é o poder concedente”, afirmou o promotor Silvio Marques.