O Metrô de São Paulo perdeu um em cada quatro passageiros depois da pandemia do coronavírus.
Segundo o Metrópoles, dados oficiais mostram que o sistema metroviário da capital paulista transportou 4,1 milhões de pessoas por dia útil em abril – número mais atualizado -, ante 5,3 milhões de passageiros no mesmo mês em 2019, ano pré-pandemia. Em quatro anos, a queda foi de 22,6%.
Um dos motivos dessa perda de passageiros transportados estão as mudanças de hábitos no regime de trabalho das pessoas. Muitas empresas adotaram o home office e o trabalho híbrido, sendo assim, as pessoas acabam usando menos o transporte.
A retomada da demanda tem sido mais lenta do que se imaginava ao longo da pandemia e já se vislumbra alteração definitiva nos padrões de deslocamento motivados pelo emprego.
O Metrô de São Paulo aumentou em 35% a receita tarifária no ano passado em comparação com 2021, mas ainda assim o resultado financeiro foi cerca de R$ 800 milhões inferior ao obtido em 2019, antes da pandemia.
O Metrô afirma que os efeitos da pandemia de Covid ainda refletem na demanda transportada pela companhia, que perdeu quase 25% dos passageiros entre 2019 e 2022, mas não impactam na operação das quatro linhas, nem no serviço prestado.
“Atualmente, a empresa mantém a mesma oferta de viagens e de trens em operação nos horários de pico e de vale, do período pré-pandemia”, diz o Metrô, em nota. “Como resultado do esforço em manter a qualidade do serviço, apesar da queda na arrecadação tarifária, a Pesquisa de Avaliação do Serviço aponta que o Índice de Satisfação do Passageiro saltou de 59% em 2019 para 70% em 2022”, completa.
Segundo o Metrô, estudos internos indicam que, em novembro deste ano, a companhia irá atingir 81% da demanda registrada antes da pandemia. E, em novembro de 2024, a projeção é chegar a 83%. “Importante informar que está em andamento uma importante ampliação da malha para estimular o uso deste transporte movido a energia limpa, cujas principais características são a rapidez, regularidade e confiabilidade, que melhora o deslocamento da população”, diz.