Os trabalhadores do transporte coletivo da Grande São Luís entraram em greve nesta terça-feira (25/04), após uma audiência de mediação do Ministério Público do Trabalho que tentou fazer com que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís cumprisse o acordo firmado com os rodoviários e assinasse a Convenção Coletiva de Trabalho, documento que garante os direitos dos trabalhadores.
Na audiência, o Sindicato afirmou não ter caixa para garantir o salário dos rodoviários neste mês de abril.
De acordo com o Sindicato, a falta de subsídios só chegou a esse ponto devido à ausência de repasses pela Prefeitura de São Luís e pelo Governo do Estado, que regulamentam o transporte urbano e semiurbano da Grande São Luís.
Durante a audiência, nenhum dos órgãos deu qualquer posicionamento sobre quando iriam regularizar os repasses dos referidos subsídios, o que fez com que o Sindicato reafirmasse que não assinaria acordo nessas condições.
A greve foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, que determinou que 70% da frota de ônibus continue circulando na região, sob multa no valor de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
O SET, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, disse que continuará envidando todos os esforços para a regularização imediata dos serviços e pediu ao Sindicato dos Motoristas para que não paralisem os serviços, evitando transtornos para milhares de pessoas da sociedade e usuários do transporte público.