Como os adesivos de ponto cego em ônibus podem proteger ciclistas e motociclistas

Os acidentes de trânsito aumentam anualmente no Brasil. Entre 1990 e 2019, a mortalidade entre motociclistas cresceu 53%, de acordo com levantamento realizado pela UFMG. Em diversas capitais do Brasil, como São Paulo e Maceió, além de cidades interioranas como Piracicaba (SP), uma medida pode ajudar a reduzir o número de fatalidades: o adesivo de ponto cego nos ônibus. 

O que são os adesivos?

Em geral, o tamanho dos ônibus varia entre 13m, 18m, 23m e 28m. Diante do grande porte dos veículos, nem mesmo a alta quantidade de espelhos é capaz de oferecer visibilidade de todos os pontos do automóvel para os condutores. Dessa forma, os adesivos alertam os motociclistas, ciclistas, pedestres e até motoristas de que, possivelmente, eles não estão sendo vistos por quem está dirigindo o ônibus e, portanto, devem redobrar o cuidado.

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  • Os pontos cegos mais comuns dentro de um ônibus são: 

    • Entre a roda e a porta traseira;
    • A região abaixo dos retrovisores;
    • A área imediatamente atrás do ônibus;
    • O lado oposto a janela do motorista;
    • A “saia” do ônibus, a parte de baixo, entre a porta frontal e de trás.

    Vale ressaltar que os adesivos de ponto cego são obrigatórios em ônibus municipais de São Paulo, Guarulhos, Diadema e outras cidades. Além disso, eles também podem ser utilizados em caminhões. A empresa de limpeza urbana “Logística Ambiental de São Paulo (Loga)” aplicou a sinalização em sua frota e reduziu os acidentes em 23%, segundo o site “Pé na Estrada”. 

    Ademais, os cidadãos e passageiros do sistema de transporte público precisam estar atentos: uma outra maneira de prevenir ocorrências é o sistema Anjo da Guarda, que impede os ônibus de se movimentarem com as portas abertas. No entanto, o site Diário do Transporte revelou que boa parte dos veículos estão circulando com o sistema desligado ou com defeito. 

    O aumento dos acidentes

    De acordo com o Ministério da Saúde, das 33.497 pessoas falecidas em acidentes de trânsito durante o ano de 2020, 12.011 estavam em motocicletas. Ademais, os condutores de motos representaram 54% do total de cidadãos internados por conta de sinistros de trânsito em 2021. Por sua vez, o Brasil ostenta uma triste média de quatro ciclistas mortos por dia no território nacional. 

    Entre as causas dos acidentes, estão a falta de políticas públicas de incentivo ao uso da bicicleta em detrimento de veículos automotivos, além da não conscientização dos condutores: a bike tem preferência sobre os demais automóveis. No entanto, nem todos os locais possuem ciclovias ou faixas azuis – as pistas exclusivas para motocicletas são comprovadamente eficazes. 

    Uma melhor organização do trânsito urbano se faz urgente no país, tendo em vista o aumento de veículos na rua. Segundo a Federação Nacional de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de automóveis no mês de março de 2023 foram 53% maiores do que em fevereiro. Além disso, são muitos os carros de aluguel para Uber e demais aplicativos circulando pelas ruas. 

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