Com 511 blocos espalhados por todas as regiões da capital e atrações como Lexa, Luísa Sonza, Pabllo Vittar, Pocah e Michel Teló, o Carnaval de Rua 2023 promovido pela Prefeitura de São Paulo deve reunir 15 milhões de foliões na cidade. O anúncio do plano de ações para realização da festa foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes na manhã desta quinta-feira (02/02).
Segundo o prefeito, a festa na capital será livre, democrática e descentralizada. “São muitas pessoas participando da organização, cuidando da infraestrutura, segurança, saúde e, também, temos o foco em ações relacionadas ao trabalho infantil e ao assédio”, explicou Ricardo Nunes.
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A festa na cidade acontece nos dias 11 e 12 de fevereiro (pré-Carnaval), de 18 a 21 de fevereiro (Carnaval) e nos dias 25 e 26 de fevereiro (pós-Carnaval), com patrocínio oficial da AMBEV, que ganhou o edital de patrocínio pelo valor ofertado de R$ 25.629.600,58.
“O Carnaval de rua é a maior ação de políticas públicas da Prefeitura e, realmente, a maior operação da cidade! É gratificante ver como o objeto principal, a cultura, une desde o serviço de saúde, CET, PM e vários outros órgãos com um único objetivo. E isso acontece porque na ponta, os verdadeiros fazedores do carnaval de rua, os blocos, também estão nessa empreitada de levar cultura e alegria para todos os cantos da cidade e, cada vez mais, tendo atuação sociocultural durante o ano inteiro”, afirmou a secretária de Cultura, Aline Torres.
Ao todo, foram cerca de 670 desfiles cadastrados. A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) registrou o cancelamento de 154 e apenas três desfiles ainda não foram publicados. A próxima lista será divulgada no Diário Oficial, na sexta-feira (03/02), e poderá sofrer alterações de última hora, como cancelamentos, mudanças de horários e de trajetos. Os blocos inscritos podem cancelar os seus desfiles até o dia 6 de fevereiro. A programação deve ser consultada neste link.
“É no Carnaval que mostramos nosso melhor lado como brasileiros, nos unimos atrás de blocos pelas ruas e mostramos, em nossa campanha e nas ações com o consumidor, toda nossa criatividade e alegria, algo que só quem é brasileiro consegue fazer. Pela primeira vez, em nossa história de mais de 130 anos, vamos participar das festas espalhadas por todo o Brasil. E, mais importante ainda, como a principal apoiadora da folia em São Paulo, nessa celebração que cresce a cada ano na cidade. Isso é um marco, ainda mais em um evento que volta a sua plenitude após dois anos de interrupção e tem um impacto importante para todo ecossistema da cidade e do País.”, comentou Maurício Landi, diretor de marketing de Brahma.
Blocos por região
A divisão por região/subprefeitura, até o momento, é a seguinte: na Zona Oeste, são 145 desfiles, sendo 74 em Pinheiros, 47 na Lapa e 24 no Butantã. No Centro, o total é de 121 desfiles. Na Zona Sul, um total de 102 desfiles, sendo 32 na Vila Mariana, 18 no Ipiranga, 17 em Santo Amaro, 15 no M’Boi Mirim, 8 na Capela do Socorro; 5 em Campo Limpo; 3 em Cidade Ademar; 3 no Jabaquara, 1 em Parelheiros. Na Zona Norte, são 76 desfiles, sendo 21 em Santana/Tucuruvi, 18 na Freguesia do Ó, 15 na Casa Verde, 7 no Jaçanã, 7 em Pirituba, 5 na Vila Maria e 3 em Perus. Na Zona Leste, são 68 desfiles, sendo 16 na Mooca, 14 na Penha, 8 em São Miguel Paulista, 6 em Itaquera, 6 no Itaim Paulista, 6 em Cidade Tiradentes, 3 em Aricanduva, 3 em Ermelino Matarazzo, 2 em Guaianases, 2 na Vila Prudente, 2 em São Mateus, 2 em Sapopemba.
No circuito dos megablocos estão a Rua da Consolação, Av. Luís Dumont Villares, Av. Brigadeiro Faria Lima, Av. Marquês de São Vicente, Av. Pedro Álvares Cabral e R. Laguna. Já nos circuitos de blocos grandes e médios estão a Av. Hélio Pellegrino, R. Henrique Schaumann, Av. Paulo VI/Sumaré e Av. Ver. Abel Ferreira.
Neste ano, não haverá desfiles no Largo da Batata e nas avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini e Tiradentes.
Blocos estreantes
Em 2023 teremos 57 novos blocos desfilando pelas vias da capital. Foram considerados como novos aqueles que nunca desfilaram no Carnaval de Rua da cidade ou nunca tiveram os desfiles autorizados pela Prefeitura de São Paulo, ou seja, aqueles que não realizaram o cadastro em edições anteriores.
Destaques
No Pré-carnaval (10 a 12/02), desfilam os blocos Bangalafumenga, Casa Comigo, Sargento Pimenta, todos no dia 11, e os blocos Gambiarra e Chá da Alice, dia 12, em Pinheiros; Bloco da Pocah, dia 11, em Santana/Tucuruvi; Bloco da Lexa, na Lapa, no dia 12; Monobloco, dia 12, na Vila Mariana; Bloco Domingo Ela Não Vai, dia 12, na Sé; e Bloco Modo Surto, com Luísa Sonza, dia 12, em Santo Amaro.
Durante o Carnaval, entre 18 e 21/02, desfilam pela Vila Mariana o bloco Agrada Gregos, dia 18, o Bloco da Pabllo, dia 19, e o Bloco Pinga Ni Mim (Villa Country), dia 20. Em Pinheiros: o Bloco das Gloriosas, dia 18; Bloco Bem Sertanejo, com Michel Teló, dia 19; e Bloco Filhos de Gil, dia 20. Na terça, 21, o Bloco da Pagu chega à Sé.
No Pós-carnaval (25 e 26/02), desfilam o Bumbá Bloco, dia 25, em Santana/Tucuruvi; o Bloco Que Casar Que Nada, dia 18, em Santo Amaro; Bloco Não era Amor era Cilada, em 26, em Pinheiros; e o Bloco da Pretta, dia 26, na Vila Mariana.
Infraestrutura
A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) usou o mapa dos trajetos para definir a infraestrutura necessária para os desfiles programados pelos blocos que vão participar dos oito dias de folia na capital paulista.
O plano de ação envolveu reuniões de planejamento com as 32 subprefeituras. Os trajetos definidos pelos blocos junto com a Secretaria Municipal da Cultura foram validados pela Administração Municipal, em conjunto com órgãos de segurança viária como a CET, além da Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana.
A partir da validação, os trajetos estão com ações de zeladoria intensificadas, com ênfase em podas e remoção de árvores, tapa-buraco e outras situações que podem atrapalhar o fluxo de pessoas nos dias de folia, como obras e caçambas presentes nas vias, além da revisão nas calçadas.
A estrutura este ano ficou maior. A Secretaria Municipal das Subprefeituras vai disponibilizar 28 mil banheiros químicos, incluindo os adaptados para pessoas portadoras de deficiência para o Carnaval de Rua 2023.
Com experiência na realização de carnavais desde 2018, a SMSUB também elabora e coordena a fiscalização, em articulação com a Guarda Civil Metropolitana, para adoção de medidas de combate ao comércio irregular, propaganda irregular em via pública e as legislações vigentes no município, inclusive a Lei N° 16.647, que dispõe sobre a aplicação de sanções à pessoa que urinar em via pública. O valor atual da multa é de R$ 668,43.
Além disso, os agentes vistores fiscalizam os desfiles dos blocos em casos de descumprimento do guia de regras do evento. Serão 100 equipes de fiscalização que somam 1.200 pessoas atuando nessa vistoria.
Para realização da festa serão instalados 100 mil gradis, que somam 240 km lineares, além de 48 km de tapumes. A quantidade de gradis para proteção dos foliões é suficiente para fazer o trajeto ida e volta entre as cidades de São Paulo e Campinas.
“Em todos os percursos serão colocados tapumes e postos médicos para que os foliões tenham segurança. Seja para um bloco com 2 mil pessoas no Ibirapuera, um dos mais tradicionais da cidade, como para um de 200 a 500 foliões, a capital está organizada”, enfatizou o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.
Para a limpeza pública, a SMSUB terá nas ruas um efetivo de quase 3 mil varredores e 330 veículos atuando na cidade. Esse número pode aumentar ou reduzir, se houver demanda ou em caso de cancelamentos dos blocos. Serão colocados 1.200 cestos à disposição da população para o descarte correto de resíduos. Além disso, a Prefeitura vai disponibilizar 220 Pontos de Entrega Voluntária (PEVS) na entrada dos blocos e serão espalhados 500 contêineres pelo trajeto dos blocos.
A expectativa da SMSUB é reciclar mais de 50% do material coletado, número que pode variar em caso de chuva por contaminação do resíduo.
“Será uma oportunidade de geração de renda para nossas cooperativas”, afirmou Modonezi.
A Secretaria Executiva de Limpeza Urbana (SELIMP) faz a gestão dos resíduos sólidos e limpeza das vias públicas e praças onde os blocos irão desfilar. Após a realização dos eventos, em cerca de 40 minutos, as vias da cidade serão devidamente limpas, lavadas e entregues para a livre circulação diária de pessoas e veículos.
“O trabalho de limpeza será feito de forma tranquila e com respeito aos foliões”, disse o secretário.
Saúde
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) terá uma logística especial de assistência médica de urgência e emergência durante os desfiles de blocos de rua do Carnaval 2023. Os serviços serão ofertados de acordo com o número diário de eventos.
Para o atendimento aos blocos inscritos, estão sendo contratadas 600 diárias de ambulâncias, sendo 500 estruturadas para atendimentos básicos e 100 de suporte avançado à vida (UTIs móveis). A estrutura destinada aos chamados megablocos, que terão trajetos fixos e pré-estabelecidos, contará com 20 postos médicos, com três desses fixos em pontos estratégicos da cidade, além de 500 profissionais divididos entre 100 ambulâncias, das quais 80 destinadas a atendimento básico e 20 para atendimento de suporte avançado à vida.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, explicou que toda a rede de saúde seguirá em funcionamento normal. “Manteremos nossos serviços de urgência e emergência”, ressaltou.
Turismo
Durante o período do Carnaval de Rua, a Secretaria Municipal de Turismo programou uma ação de apoio ao turista em dois pontos de concentração de blocos de carnaval de São Paulo: Ibirapuera e região central, próximo da Biblioteca Mário de Andrade.
A ação consiste em disponibilizar duas Centrais de Informação Turística (CIT) Móvel, que funcionam em vans. Nos locais, haverá, ao todo, 40 guias que atenderão ao público durante os oito dias de eventos, dando informações sobre como melhor aproveitar as demais opções turísticas que a cidade de São Paulo oferece, além de orientações gerais sobre o Carnaval paulistano. Haverá também um espaço instagramável para registros do evento.
“O Carnaval de Rua é uma celebração que atrai muitas pessoas de outras regiões da cidade, do interior e de outros estados. É uma festa pela qual circulam muitas pessoas que fazem uma espécie de turismo dentro da própria cidade. Por isso, termos equipes preparadas para dar orientações e promover a capital neste evento é fundamental”, afirmou o secretário municipal de Turismo, Rodolfo Marinho.
Direitos Humanos
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) vai participar do carnaval de rua de São Paulo com suas unidades móveis especializadas: Ônibus Lilás, para atendimento a mulheres vítimas de violência e a Unidade Móvel LGBTI, para atendimento desta população. Ambas ficarão na Praça da República, nos dias de pré-carnaval (11 e 12/02), e durante o carnaval (de 17 a 21/02) em horários (prováveis) das 9h30 às 19h, com exceção do dia 17 de fevereiro, em que o horário será das 18h às 22h.
Caso seja necessário, a mulher vítima de violência será acompanhada por integrante da equipe especializada e encaminhada para atendimento na Casa da Mulher Brasileira, que fica no Cambuci.
Outras três unidades móveis LGBTI estarão também nas regiões Leste, Sul e Norte em horários e locais que estão sendo definidos.
A pasta também vai disponibilizar três mil pulseiras de identificação para crianças, que serão distribuídas pelos blocos carnavalescos.
Trânsito
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) irá monitorar os desfiles dos blocos carnavalescos oficialmente autorizados pela Prefeitura de São Paulo, desde o Pré-Carnaval, durante o Carnaval e inclusive no Pós-Carnaval 2023, ativando bloqueios momentâneos ou fixos e desvios necessários. As informações serão oportunamente divulgadas pela Companhia em seu site e redes sociais.
Além do Carnaval de Rua, a CET atuará monitorando o entorno do Sambódromo do Anhembi, onde ocorrerão os desfiles das escolas de samba dos grupos de acesso e especiais, bem como o Desfile das Campeãs. Antes e da mesma forma, a CET dará apoio monitorando a travessia dos carros alegóricos dos barracões das escolas até o Sambódromo.
Estão previstos para estas ações durante o período:
- 1.728 agentes de trânsito;
- 11.500 trabalhadores de auxílio às intervenções de trânsito;
- 23.325 materiais de sinalização temporários;
- 881 viaturas/dia;
- 836 bloqueios/dia;
- 933 faixas e banners de vinil;
- 40 painéis de mensagens variáveis.
Segurança
Visando garantir a segurança dos foliões, a Polícia Militar irá reforçar as ações em todos os locais com desfiles de blocos carnavalescos.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) reforçará o patrulhamento comunitário e preventivo durante o Carnaval de 2023 em todas as regiões da cidade. Ao todo, serão em média 1.400 agentes da GCM e aproximadamente 300 viaturas por dia, além de 60 motos extras/dia durante todo o período. A Guarda também atuará no patrulhamento do Sambódromo do Anhembi, diuturnamente.
Durante as intervenções, a GCM irá trabalhar em conjunto com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, em todos os eventos relacionados ao Carnaval de 2023, de acordo com as atribuições legais de cada órgão.
Além disso, a Central de Operações da Polícia Militar (COPOM) e a Central de Telecomunicações da GCM (CETEL) executarão um trabalho integrado de monitoramento, inclusive com agentes da Guarda presentes no COPOM durante este período.
Recomendações aos foliões que participarão do Carnaval deste ano:
- Redobre a atenção com objetos de valor (celulares, carteiras e relógios)
- Mantenha bolsas junto ao corpo.
- Procure responder mensagens ou atender ligações em locais seguros
- Dê preferência ao transporte público, mas se utilizar seu veículo, não beba ao dirigir.
- Durante a folia prefira andar acompanhado, com pessoas de sua confiança.
- Identifique crianças com pulseiras, contendo nome e telefone de contato.
- Leve apenas um cartão e um documento de identificação com foto (evite dinheiro em espécie).
- Em caso de furto, roubo ou outras ocorrências, procure um posto policial ou um agente das forças de segurança mais próximo. Na dúvida, disque 153 ou 190.
Assistência Social
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) realizará no dia 16 de fevereiro o Grito de Carnaval, que contará com a presença de 1.300 crianças e adolescentes atendidas nos Centros para Crianças e Adolescentes (CCA).
O Grito de Carnaval é uma ação organizada pela SMADS, desde 2005, por meio da Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil (CMETI) e Comissão Municipal de Enfrentamento ao Abuso, Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (CMESCA).
O bloco carnavalesco, formado por crianças e adolescentes atendidas na rede socioassistencial, desfila com o objetivo de mobilizar a sociedade civil acerca dos direitos desse público e conscientizar o maior número possível de pessoas na cidade para que ajudem a combater a violência, o abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, visando a erradicação desse tipo de violência.
A SMADS também está lançando neste Carnaval a campanha “Proteja o Futuro”, voltada a engajar a população de São Paulo no combate ao trabalho infantil e ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A campanha é coordenada pela SMADS em articulação com a CMETI e a CMESCA.
Para a divulgação dessa campanha, serão distribuídos cartazes nos bares próximos à passagem dos blocos de rua. As equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) estarão uniformizadas com camisas que terão o logo da campanha e durante as abordagens nas proximidades das passagens de blocos nas ruas. Além disso, serão exibidas no sambódromo, durante o desfile, duas faixas com os slogans da campanha. Nesse período haverá postagens nas redes sociais da SMADS divulgando a campanha.
Além disso, a SMADS contará com o apoio do Metrô de São Paulo, que irá veicular nas plataformas da TV Minuto e da JCDecaux as vinhetas com os slogans da campanha.