O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que vai concluir as obras da linha 17-Ouro do monotrilho.
Segundo o governador informou durante entrevista ao SP2, serão investidos quase R$ 3 bilhões para finalizar as obras da Linha 17-Ouro do monotrilho.
O trecho entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi estão em obras há 10 anos.
Segundo Tarcísio, sua equipe analisou contratos e projetos e chegou a conclusão de que o grande problema para a finalização das obras está na área civil, na construção das estações e da via do monotrilho.
Segundo Tarcísio, a obra deveria estar sendo realizada por cerca de 1.200 funcionários, mas, atualmente, 400 trabalhadores estão nos canteiros.
Em relação ao atraso, o governador informou que o atual consórcio responsável pelas estações e pelas vias está sem dinheiro para a compra de materiais, principalmente de estrutura metálica.
“Uma das alternativas é tirar a estrutura metálica do contrato. O estado adquire a estrutura metálica, e a empresa faz a montagem. Outra alternativa é tirar a empresa do contrato – já que ela não tem fôlego financeiro – e chamar a terceira colocada. E vamos fazer uma nova licitação. Então, é essa análise que a nossa equipe vai fazer e em pouco tempo teremos uma linha de ação. Vamos correr para andar com essa obra o mais rápido possível, ninguém aguenta mais a Linha 17 do jeito que está”, afirmou Tarcísio.
Prazos
Indagado sobre novos prazos para conclusão das obras da linha 17-Ouro, o governador Tarcísio não quis se comprometer agora, pois gera mais “ansiedade”.
“Não vou me comprometer com prazos agora porque gera mais ansiedade. Entendo que a população já foi muito maltratada com frustrações e promessas sucessivas. Então não quero fazer promessas que depois não vão ser cumpridas. Estamos colocando tudo no papel, fazendo simulações e ensaiando alternativas para entregar essa obra o quanto antes”.
Consórcio Monotrilho Ouro diz que negocia a questão
O Consórcio Monotrilho Ouro informou para o SP2 que está em negociação com o Metrô e com o governo de São Paulo para buscar reequilíbrio financeiro do contrato. Disse ainda que “ajustes dessa natureza são essenciais para a continuidade da obra”. Alegou também que os preços de matéria-prima aumentaram muito devido à pandemia e à guerra na Ucrânia.