O Pix, pagamentos instantâneos do Banco Central, movimentou mais de R$ 60 milhões em transações de aplicativos de transporte regionais no período de janeiro a setembro de 2022, é o que mostra o levantamento da Gaudium, startup de tecnologia focada em mobilidade urbana e logística e dona da Machine, software para a criação de aplicativos de transporte e de entregas presente em mais de 1.400 cidades no Brasil.
Em abril, a empresa já havia identificado que o Pix ultrapassou os pagamentos com cartão de débito e crédito, ficando atrás apenas do dinheiro em espécie. Em setembro, aproximadamente sete a cada dez corridas foram pagas fisicamente. Ao todo, o dinheiro foi responsável por transacionar 66% dos pagamentos, já o Pix, 13%. O débito aparece com 12% e o crédito, com 7%.
“A preferência por dinheiro em espécie é cultural. Tanto que os aplicativos multinacionais foram obrigados a aceitar pagamento em dinheiro aqui no Brasil, o que eles não fazem em muitos países. Mas o dinheiro tem seus ônus, principalmente a insegurança por parte do motorista. Por isso, cabe a nós, que desenvolvemos tecnologia para o setor, fazer com que os pagamentos digitais sejam cada vez mais simplificados e popularizados”, ressalta Bruno Muniz, sócio-executivo da Gaudium.
Para o executivo, o Pix conquistou espaço pela simplicidade e praticidade para passageiros e motoristas. “É um meio que oferece mais flexibilidade financeira para os passageiros e existem menos chances dos usuários transferirem valores errados ou caírem em golpes. Para motoristas, o valor é creditado na hora e não é preciso pagar por taxa de maquininha”, finaliza.