5G, o padrão de tecnologia de quinta geração para redes celulares de banda larga, ainda é uma tecnologia muito recente.
A implantação do 5G começou a ser levada a sério há apenas três anos e as redes 5G devem responder por apenas 25% do mercado mundial de tecnologia móvel até 2025, de acordo com o provedor de dados para o mercado e consumidores Statista.
Então, é muito cedo para começar a pensar em 6G? A tecnologia 6G já está sendo pesquisada, desenvolvida e testada com o lançamento bem-sucedido da China de um satélite experimental destinado a verificar a tecnologia de comunicação terahertz (THz) no espaço.
O que tudo isso significa em relação ao ciclo de vida esperado para o 5G e ao cronograma de chegada do 6G ao mercado? Vamos dar uma olhada nisso e em outras questões a seguir.
1G para 6G em 50 anos
Se você já está familiarizado com a história da tecnologia celular de banda larga, sinta-se à vontade para pular para a próxima seção.
Entretanto, se você não está por dentro da história – ou simplesmente quer uma rápida atualização – considere que o 1G foi introduzido em 1979, quando a Nippon Telegraph and Telephone (NTT) implantou a tecnologia em Tóquio.
Se você realizasse um teste de velocidade da Internet naquela época perceberia que não era grandes coisas. No entanto, foi o passo inicial necessário para chegarmos até aqui. Isso significa que passamos por cinco gerações dessa tecnologia em pouco mais de 40 anos.
No Brasil, empresas de telefonia como a Vivo, Tim e Claro tem apostado na inovação e, atualmente, o nosso país já conta com o acesso a rede 5G em todo território nacional.
O que será necessário para tornar o 6G uma realidade?
O engenheiro-chefe da Vectrus, Michael Smith, em entrevista ao GovConWire disse: “Seja 5G, 6G ou NextG, ainda é necessário um investimento robusto em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para garantir que os sistemas que imaginamos e construímos hoje possam atender às mudanças mundiais.
O nível de interconectividade e a onipresença dos dispositivos sem fio exigem que tenhamos uma infraestrutura de comunicação flexível, escalável, resiliente e segura.”
Em relação ao potencial das redes 6G, de acordo com a TechTarget, a tecnologia permite taxas de amostragem mais rápidas, melhor taxa de transferência e taxas de dados mais altas do que o 5G, além de permitir a integração de computação de borda e núcleo que melhorará o acesso aos recursos de IA e suporte para dispositivos e sistemas móveis mais sofisticados.
O 6G fornecerá mais largura de banda que, em última análise, expandirá ainda mais a inovação, talvez até em campos que ainda não exploramos ou sequer consideramos como aplicativos de VR e chamadas de vídeo com hologramas realistas.
O que esperar do futuro?
A União Internacional de Telecomunicações – uma agência especializada das Nações Unidas responsável por muitos assuntos relacionados às tecnologias de informação e comunicação – sediará a Conferência Mundial de Radiocomunicações em 2023.
Durante esta conferência, a UIT vai discutir o uso estendido do espectro de radiofrequência com uma decisão final provavelmente na próxima conferência em 2027. Portanto, salvo qualquer interrupção, espere que o 6G comece a aparecer no mercado por volta de 2028.