Uso da Faixa Azul previne óbitos e sinistros entre motociclistas

O Projeto Piloto da Faixa Azul para motocicletas completa sete meses de operação na Avenida 23 de Maio, sentido Aeroporto de Congonhas, com resultados muito positivos: a Faixa Azul é utilizada por 86% dos motociclistas e não houve óbitos ou sinistros graves dentro do espaço da Faixa Azul; fora do âmbito da Faixa, com índice de uso de 14% dos motociclistas, ocorreu, praticamente, o dobro de sinistros, ou seja, usar a Faixa Azul previne mortes e sinistros entre os motociclistas.

No levantamento, também, ao longo desse tempo, percebeu-se que os sinistros ocorrem em sua maioria entre 8h e 10h e 15h e 21h.

Além disso, a lentidão média reduziu 6,6% na comparação com os mesmos períodos em 2019 quando não havia a faixa azul.

Os sinistros envolvendo motos em julho/agosto foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: três sem vítimas e dois com vítimas leves. Tanto o motorista quanto o motociclista não sinalizaram a troca de faixa e colidiram de leve.
  • No espaço da faixa azul: dois com vítimas leves ocasionado pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em junho/julho foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: um sem vítimas e dois com vítimas leves. Tanto o motorista quanto o motociclista não sinalizaram a troca de faixa e colidiram de leve.
  • No espaço da faixa azul: um com vítima leve ocasionado pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em maio/junho foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: um sem vítima e um com vítima leve. Tanto o motorista quanto o motociclista não sinalizaram a troca de faixa e colidiram de leve.
  • No espaço da faixa azul: dois sem vítimas e três com vítimas, gerando duas vítimas leves e uma grave, também ocasionados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em abril/maio foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: três sem vítimas e três com vítimas leve. Os motoristas dos veículos não sinalizaram a mudança de faixa com a seta e colidiram de leve com as motocicletas.
  • No espaço da faixa azul: dois sem vítimas e nove com vítimas, gerando duas vítimas graves e dez leves, também causados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.
  • Dois sinistros com vítima levadas ao hospital: um morador em situação de rua que foi atropelado (lembrando que a via não permite passagens de pedestres e o sinistro não tem relação à implantação da faixa azul); e um motociclista que bateu na traseira de um veículo ao mudar repentinamente de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em março/abril foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: quatro sem vítimas e quatro vítimas leves. Os motoristas dos veículos não sinalizaram a mudança de faixa com a seta e colidiram de leve com as motocicletas.
  • No espaço da faixa azul: um sem vítimas e um com vítima leve, também causados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em fevereiro/março foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: um sem vítimas e um com vítima grave. Os motoristas dos veículos não sinalizaram a mudança de faixa com a seta e colidiram de leve com as motocicletas.
  • No espaço da faixa azul: três sem vítimas e um com vítima leve, também causados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.

Os sinistros envolvendo motos em janeiro/fevereiro foram:

  • Fora do espaço da faixa azul: sete sinistros sem vítimas e quatro com vítimas. Os motoristas dos veículos não sinalizaram a mudança de faixa com a seta e colidiram de leve com as motocicletas.
  • No espaço da faixa azul: quatro sem vítimas e um com vítima leve, também causados pelo não uso da sinalização de seta ou pelo movimento brusco de troca de faixa.
  • Um funcionário que fazia a zeladoria no canteiro central da Avenida 23 de Maio, ao lado da faixa azul, foi atingido por um veículo que trafegava de forma perigosa no local
  • O motociclista que trafegava pela faixa azul teve um mal súbito (desmaio) e caiu dentro do espaço, mas não houve interferências ou acidentes envolvendo outros veículos.

A CET permanece enviando os relatórios para a SENATRAN, por tratar-se de projeto experimental.

Histórico

A Faixa Azul, que funciona no trecho entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad, foi aberta oficialmente no dia 25 de janeiro de 2022. De lá para cá, os técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET – vêm realizando o monitoramento diário dos índices de lentidão e acidentalidade com o objetivo de averiguar a funcionalidade da nova sinalização.

Em julho a CET foi autorizada pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN) a realizar o projeto piloto da Faixa Azul, em caráter experimental, por mais um ano, nos seguintes locais:

  • Avenida Santos Dumont, Avenida Tiradentes e Avenida Prestes Maia, no trecho compreendido entre a Ponte das Bandeiras e a Praça da Bandeira, com extensão aproximada de 4 km;
  • Avenida Rubem Berta, no trecho compreendido entre o Complexo Viário João Jorge Saad e a Avenida dos Bandeirantes, com extensão aproximada de 2 km;
  • Avenida dos Bandeirantes, em ambos os sentidos, no trecho compreendido entre a via marginal do Rio Pinheiros e o Viaduto Ministro Aliomar Baleeiro, com extensão aproximada de 8,5 km (totalizando 17 km).

Atualmente, a CET trabalha na implantação da Faixa Azul na Avenida dos Bandeirantes sentido Complexo Viário Maria Maluf.