A CET começou a implantar a ampliação da Faixa Azul para motocicletas na Avenida dos Bandeirantes, em ambos os sentidos, no trecho compreendido entre a Marginal Pinheiros e o Viaduto Ministro Aliomar Baleeiro, com extensão aproximada de 8,5 km (totalizando 17km). O primeiro sentido a receber a Faixa Azul é sentido Marginal Pinheiros para o Complexo Maria Maluf. Após o término da implantação, será realizado no sentido oposto.
O projeto piloto da Faixa Azul, em caráter experimental, por mais um ano, tem o objetivo de incluir outras análises como faixas de pedestres, túneis, cruzamentos semaforizados, entre outras variáveis.
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A demarcação da via será entre as faixas 1 e 2 – usualmente utilizadas pelos motociclistas.
A Avenida dos Bandeirantes tem um alto número de trânsito de motocicletas: 1.653 motos por hora no horário de pico, sentido Bairro/Centro. O limite de velocidade da avenida é de 50 km/h.
Os sinistros com vítimas envolvendo motos entre 2018 e 2020 somam 144; e o número de óbito são de 10 pessoas.
Vale ressaltar que o uso da faixa azul não é obrigatório. O motociclista será orientado a utilizar em caso de trânsito lento. Haverá sinalização vertical por toda a via alertando para os limites de velocidade, cuidado e orientação ao mudar de faixa e mensagens educativas lembrando do uso da seta, o respeito aos limites de velocidade e a atenção aos sinais de trânsito e compartilhamento do espaço na avenida.
Como será a implantação
Haverá novidades na sinalização vertical e horizontal na Avenida dos Bandeirantes. Por ser uma via com transversais e cruzamentos semaforizados, a Companhia de Engenharia de Tráfego implantará:
- Placas de alerta para ciclistas e pedestres informando que no local há a Faixa Azul para motos;
- Nas placas de sinalização para os motociclistas também haverá informações sobre pedestres e ciclistas na via;
- A sinalização de solo será contínua próximo ao semáforo;
- Nas colunas semafóricas haverá uma pintura em azul, para alertar que há a Faixa Azul na via;
- Haverá box seguro para motos em todos os cruzamentos semaforizados;
- A implantação de uma tacha refletiva azul, para informar que há Faixa Azul e auxiliar na visão noturna.
Além disso, haverá o rebalizamento das faixas e que não afetará a capacidade volumétrica de tráfego e a segurança dos motoristas que trafegam pelo local.
Primeiro o setor de sinalização apagará a sinalização existente de forma mecânica; em seguida é feita a pintura. Enquanto isso, a sinalização vertical será implantada por toda a extensão da via.
A CET apresentará trimestralmente à SENATRAN relatório com as análises e avaliações técnicas do projeto.
O projeto autorizado pela Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN) ainda prevê a implantação na Avenida Santos Dumont, Avenida Tiradentes e Avenida Prestes Maia, no trecho compreendido entre a Ponte das Bandeiras e a Praça da Bandeira, com extensão aproximada de 4 km e na Avenida Rubem Berta, no trecho compreendido entre o complexo viário João Jorge Saad e a Avenida dos Bandeirantes, com extensão aproximada de 2 km.
A autorização foi publicada por meio da Portaria n° 1015, de 05 de agosto de 2022.
Resultados anteriores
O Projeto Piloto da Faixa Azul para motocicletas completou seis meses de operação na Avenida 23 de Maio, sentido Santana/Aeroporto de Congonhas, com resultados muito positivos: nenhuma morte envolvendo motos, e a redução dos sinistros de trânsito e redução da lentidão em 55,2% no trecho. Além disso, ao analisar o número de sinistros pela Unidade de Padrão de Severidade (UPS), percebeu-se que em UPS/milhão de veículos/km fora da faixa azul é 133% maior do que dentro da faixa, ou seja, ao utilizar a Faixa Azul, reduzimos consideravelmente os sinistros e possíveis óbitos no trânsito.
A Faixa Azul, que funciona no trecho entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad, foi aberta oficialmente no dia 25 de janeiro de 2022.
Importância do projeto
Atualmente na cidade de São Paulo há 1,3 milhão de motos em circulação.
A motocicleta vem ganhando destaque desde o início da pandemia, já que, por conta do isolamento social, o serviço de entregas se tornou essencial e, por consequência, o número de motos trafegando pelas vias. Além disso, por seu baixo custo de manutenção, também se tornou um meio de transporte atrativo. No entanto, isso tem trazido usuários inexperientes, o que aumentou ainda mais a probabilidade de sinistros.
O resultado: o número de óbitos vem subindo a cada dia. Hoje mais de 1 motociclista morre por dia em São Paulo. Para se ter uma ideia, o número de óbitos entre motorista/passageiros é de 0,3 por dia.