Segundo a Agência de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA (OSHA), um em cada seis acidentes fatais em ambientes de trabalho naquele país são relacionados a empilhadeiras – envolvendo pedestres em 80% dos casos. São cerca de 100 mil acidentes com empilhadeiras por ano, resultando em mais de 100 mortes. Isso gera perdas de US$ 135 milhões por ano.
No Brasil, um estudo realizado por Antonio Fernando Navarro, professor da Universidade Federal Fluminense e engenheiro de Segurança do Trabalho, apontou as principais causas de 270 acidentes durante movimentações de cargas, envolvendo trabalhadores. Entre os riscos mais recorrentes estão:
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- Características geométricas das cargas (95%)
- Passagem de equipamentos nas proximidades (90%)
- Trajeto apresentando obstáculos ou interferências (85%)
- Falta de um adequado isolamento da área (80%)
- Transposição de obstáculos (75%)
- Imperícia ou imprudência do trabalhador (45%)
- Excesso de pessoas no entorno (35%)
- Falta de sinalização adequada no ambiente (35%)
Esses riscos de acidentes podem ser eliminados ou reduzidos com sistemas de alertas instalados em empilhadeiras. Um deles é o Hit-Not, que se diferencia por detectar objetos por ondas eletromagnéticas. Desenvolvido nos Estados Unidos por um ex-engenheiro da NASA (Agência Espacial Norte Americana), o Hit-Not é mais eficaz que os sistemas baseados em radiofrequência, pois estes sinais não atravessam barreiras sólidas como paredes ou pilhas de cargas.
Como funciona o Hit-Not
O sistema Hit-Not é composto por sensores instalados nas empilhadeiras e nos coletes dos funcionários que transitam pelos pátios e armazéns. Sempre que um destes entrar no raio de detecção de sinais, o equipamento emitirá sinais sonoros, visuais e de vibração – mesmo se houver bloqueios físicos entre eles, como blocos de cargas.
O raio de cobertura e detecção do Hit-Not pode chegar a 13 metros para veículos de pequeno porte (rebocadores, empilhadeiras e tratores) ou até 30 metros para veículos de grande porte (retroescavadeiras, pá-carregadeiras e guindastes).
O Hit-Not é indicado principalmente para operações com muitos pontos cegos, como grandes pátios ou Centros de Distribuição, em especial aqueles com cargas mais volumosas.
Da mineração à logística
O sistema Hit-Not foi desenvolvido pela Frederick Energy Products, fundada em 1995 por Larry Frederick, ex-engenheiro da NASA que trabalhou nos programas Apollo Moon e Skylab, entre outros.
Após deixar a agência especial, Frederick se dedicou ao desenvolvimento de novas tecnologias, como projetos de segurança para astronautas e para atividades de mineração. O sistema de ondas magnéticas do Hit-Not veio de um desses projetos.
Consultoria aponta riscos
“Antes da implantação do sistema Hit-Not é importante contar com o suporte de consultoria para realizar um completo diagnóstico de riscos e oportunidades de redução de perdas e ganhos de produtividade nas áreas em estudo”, afirma Afonso Moreira, diretor da AHM Solution, que representa a tecnologia Hit-Not no Brasil e em alguns países da América do Sul, como Argentina, Chile, Colômbia e Peru.
Nestes países, o sistema Hit-Not já foi implantado pela AHM Solution em empresas como Alcoa, Arauco, Arcelor Mittal, Dow, Denso, GM, International Paper, Novelis, Souza Cruz, entre outras.
Fontes: HIT-NOT e Editora Roncarati