Metrô investe em modernização dos sistemas de operação e obtém melhor eficiência energética 

Assim como qualquer consumidor residencial, o Metrô de São Paulo também está de olho nos valores da conta mensal de energia elétrica, insumo básico da sua operação. O consumo de energia é acompanhado mês a mês, com a medição por linha, por quilômetro e por passageiro, com a obtenção de resultados significativos, além de favorecer estudos para captação de recursos junto à companhia de energia Enel. 

As atividades são realizadas por um Comitê de Energia, formado por funcionários de diferentes áreas da Companhia, que monitoram o consumo de energia em determinadas áreas como subestações elétricas, tração de trens, sistemas de sinalização, de equipamentos auxiliares, entre outros, e propõe estratégias de contratação, estratégias operacionais e os requisitos de manutenção para o desempenho perfeito dos sistemas. 

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Uma das mudanças propostas pelo Comitê foi a troca das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, medida que vem sendo adotada em diversos lugares, inclusive em nossas residências. O Metrô iniciou essa substituição em 2017, devendo atingir um parque instalado de 150.000 lâmpadas e com uma economia de R$ 2 milhões por ano só com a iluminação. 

Cobertura da Estação Ipiranga com Sistema de Geração Fotovoltaica (Imagem ilustrativa)

Outra inovação tecnológica é a instalação do Inversor de Tração nas subestações, um equipamento capaz de reaproveitar a energia regenerada pelos trens e disponibilizá-las para outros trens em circulação na mesma linha. Os trens do Metrô são concebidos com um sistema de freio elétrico capaz de regenerar energia elétrica a partir da energia cinética dos trens em movimento o que traz um ganho significativo no desempenho energético dos trens, ou seja, os motores dos trens são transformados em geradores elétricos durante as frenagens. Maximizar esse efeito é o grande desafio dos especialistas em tração elétrica. Essa tecnologia é utilizada também nos carros elétricos e até nos carros de corrida da Fórmula 1. 

O novo sistema de sinalização e controle, chamado de CBTC, já presente nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 15-Prata, além de proporcionar maior regularidade na oferta de viagens, gera uma economia de energia na ordem de 11% quando comparado aos sistemas convencionais. Para a Linha 3-Vermelha os equipamentos já estão instalados e os softwares desenvolvidos serão testados e avaliados em plataformas de desenvolvimento, testes de fábrica, e posterior uso na operação comercial. 

Este trabalho de redução de consumo de energia elétrica foi reconhecido nos Congressos da UITP – União Internacional de Transportes Públicos, em 2018; e da UIC – União Internacional de Ferrovias em maio de 2022, onde foi selecionado entre os três melhores projetos na categoria “Melhor Adaptação e Resiliência às mudanças Climáticas”. 

No momento, o Comitê de Energia concentra 19 atividades, que foram apontadas e propostas por seus participantes, entre as quais a aquisição de painéis solares para estações, a revisão permanente do Programa de Oferta de Trens e gestão do contrato de fornecimento de energia.