Uma operação da Polícia Civil cumpriu 62 mandatos de busca e apreensão na empresa de ônibus UPBus, na Zona Leste da cidade de São Paulo. A operação tinha como objetivo averiguar a movimentação de R$ 500 milhões de reais.
O DENARC (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), investiga a UPBus pelo suposto envolvimento do PCC na empresa.
A investigação apontou que a UPBus possui 60 sócios, sendo que seis deles são apontados como membros da facção criminosa. A empresa opera linhas de ônibus em São Miguel Paulista e Itaquera.
O Mobilidade Sampa procurou a SPTrans, empresa responsável pelo gerenciamento do transporte sobre ônibus na capital, para saber se existe o risco da empresa ser descredenciada após os últimos ocorrido.
Em nota, a empresa deu a seguinte declaração:
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Executiva de Mobilidade e Transportes (SETRAM) e da SPTrans, não foi informada a respeito do teor das investigações, entretanto irá acompanhar o caso e colaborar com a polícia naquilo que for solicitada.
Esclarecemos que a UPBUS Qualidade em Transportes S.A. é concessionária operadora do transporte público, após ter vencido processo licitatório público”.
A Secretaria de Segurança Pública disse em nota ao Mobilidade Sampa que a operação nomeada de “Ataraxia”, no âmbito da operação Sufoco, teve “250 policiais, com apoio de 92 viaturas. O objetivo é a apreensão de objetos, documentos e outros indícios e provas que possam contribuir com a continuidade das investigações, possibilitando a identificação e responsabilização de todos os envolvidos no delito, bem como a recuperação de ativos adquiridos com dinheiro ilícito”.
Na operação foram apreendidos R$ 55 mi em dinheiro, celulares, notebooks, seis pistolas, dois revólveres, uma carabina SMT 40 e um fuzil T4.
Procurada pelo Mobilidade Sampa, a UPBus não quis se manifestar.