O cenário econômico mundial enfrenta uma série de adversidades desde a pandemia até o conflito armando entre Rússia e Ucrânia. A volatidade do preço do petróleo chegou no Brasil, e o fato de a Rússia ser o terceiro maior produtor da commodty e fornecer uma parcela significativa em escala mundial complica ainda mais o cenário.
Segundo o estudo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), referência no planejamento, estruturação e implementação de projetos de logística, nos últimos 12 meses, a cotação internacional do barril de petróleo subiu 90%, em contrapartida o preço do diesel no Brasil teve um aumento de 41% no mesmo período, ou seja, menos da metade.
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Grande parte deste insumo para o Brasil é importado. Desta forma, o setor do transporte brasileiro encontra desafios diante dos reajustes nos altos preços dos combustíveis. Bens de consumo estão mais caros pelo transporte de mercadorias e, transitar pela cidade se tornou um pesadelo para o bolso.
“Os preços dos combustíveis em alta fazem com que o brasileiro repense a forma de se locomover. Alternativas podem ser exploradas para aliviar o bolso do consumidor. Apostar nos recursos tecnológicos é também uma alternativa para garantir praticidade durante o trajeto até o destino. Afinal de contas, ser menos refém de carro já é uma realidade para muitos, seja por razões econômicas, sustentáveis ou de saúde”, comenta Rodrigo Petroni, CEO da UPM2, startup paulista que desenvolve soluções para mobilidade urbana.
O executivo lista as principais opções de modais para tornar sua rota mais econômica:
- Deslocamento a pé: A forma de locomoção mais econômica, sustentável e saudável é andar a pé. Esse deslocamento é feito para caminhar até outros modais como ônibus, metrôs e bicicletários. Além disso, ter recursos na palma da mão podem facilitar a sua transição pela cidade. Através do aplicativo SP Pass (disponível para iOS e Android), lançado em outubro do ano passado pela startup paulistana UPM2, o usuário consegue utilizar a funcionalidade de traçar rotas antecipadamente seja a pé ou de ônibus.
- Transporte coletivo: Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), cerca de 65% da população brasileira usa o ônibus, trem ou metrô como principal meio de transporte. Transitar com o transporte coletivo é a garantia de desafogar o tráfego, mais economia e agilidade devido a utilização de corredores de ônibus. Para trazer ainda mais comodidade ao usuário a tecnologia é um grande aliado com os meios de pagamento por QR Code. Os ônibus de vários estados do Brasil já contam com essa funcionalidade, em São Paulo, com o aplicativo SP Pass, basta carregar uma carteira digital disponível no app e passar pela catraca através do código que aparecerá na tela do celular.
- Bicicletas: Andar de “bike”, além de econômico e benéfico para o bem-estar, é contribuir para um mundo mais sustentável. A malha cicloviária no Brasil está em crescimento, alguns estados já têm esse incentivo para os ciclistas percorrerem com mais segurança. A tecnologia contribui para o progresso do ciclismo, por exemplo, o aplicativo Bike Itaú, é intuitivo e possibilita que qualquer pessoa tenha acesso às bicicletas – basta ter um celular e alugar por preços acessíveis. Há outro caminho para contratar o serviço: o aplicativo SP Pass, também dá acesso às bicicletas do Itaú, através de sua carteira digital que pode ser rapidamente carregada.