CCR RioSP nega que falso médico tenha participado de amputação na Dutra

A CCR RioSP negou que o falso médico tenha participado da amputação da perna de uma vítima de acidente na Dutra, em Lavrinhas, no último domingo, dia 13 de março de 2022.

Segundo nota da CCR RioSP ao Mobilidade Sampa, a vítima, um motorista de 36 anos, que ficou preso nas ferragens após colisão traseira entre três caminhões, recebeu os primeiros atendimentos emergenciais por equipes do Corpo de Bombeiros e também dos socorridas contratados da Enseg, que prestam serviços para a concessionária.

A concessionária explica que foram adotados todos os protocolos de atendimentos pré-hospitalar, que permitiram a estabilização da vítima para transferência ao hospital conforme destacamos no trecho da nota abaixo:

“Imediatamente após o início do socorro, foram adotados todos os protocolos de atendimento pré-hospitalar, que permitiram a estabilização da vítima para posterior transferência ao hospital de referência;

Em razão do ferimento do membro inferior esquerdo, com laceração e esmagamento, conforme constou do Boletim de Ocorrência do Corpo de Bombeiros, houve administração de oxigênio em alta concentração, torniquete na perna lesionada e monitoramento dos sinais vitais, até o desencarceramento.”

A CCR RioSP negou que houve qualquer procedimento de amputação durante a retirada do motorista das ferragens no atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros e equipe da Enseg, ou mesmo durante a transferência da vítima ao Pronto Socorro de Lorena.

“Nenhum procedimento de amputação ocorreu durante o desencarceramento e o atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros e equipe da Enseg, empresa contratada pela concessionária, ou mesmo durante a transferência da vítima ao Pronto Socorro de Lorena”.

Desta forma, a amputação da perna ferida da vítima somente aconteceu no ambiente hospitalar, e não durante o socorro conforme relatos dados anteriormente.

A vítima segue internada e acompanhada pelas equipes médicas.

Falso médico

Imagem: Reprodução/TV Vanguarda

O suspeito era contratado da Enseg, empresa contratada para prestar serviços para a CCR RioSP nos atendimentos pré-hospitalares.

A Enseg opera nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Uma cobertura que corresponde a mais de 3 mil quilômetros de rodovias.

O falso médico esteve envolvido no grave acidente citado no início desta reportagem, e chamou a atenção dos colegas por não entender ou saber dos termos técnicos utilizados durante o atendimento à vítima.

O falso médico foi desligado da Enseg, que em nota ao Mobilidade Sampa disse “que recebeu toda documentação para o exercício profissional da função de médico, e pedido de inscrição junto ao Cremesp, aguardando deferimento. Isto posto, foi surpreendida com relação a denúncia da falta de habilitação do profissional para a função de médico”

Questionada sobre o motivo de, mesmo sabendo que ele não tinha registro, manter a contratação, a Enseg não retornou ao contato da nossa reportagem.

A CCR RioSP informou que se solidariza com a vítima e seus familiares. Além disso, a concessionária disse que já revisou e aprimorou “os procedimentos adotados pelo fornecedor terceirizado“.