Pesquisa realizada pelo Fretadão, startup de tecnologia para gestão de transporte fretado, aponta que 84% das empresas entrevistadas estão em busca de novas alternativas de transporte para os colaboradores, considerando que 59% dos trabalhadores utilizam carro próprio e 36% transporte público. O alto índice de atenção das empresas em relação ao transporte dos funcionários é justificado por outro indicador da pesquisa, que aponta 71% dos funcionários são contrários ao retorno do trabalho presencial.
Falta de carros + Preço da gasolina + Transporte público ineficiente
Transporte público ineficiente versus a falta de carros no mercado e a aumento de preço de novos, seminovos e do combustível levou ao cenário de 7 em cada 10 funcionários entrevistados manifestarem ser contrários à retomada do trabalho presencial, especialmente pela economia de tempo e dinheiro e pelo ganho ne qualidade de vida.
Na visão dos empregadores entrevistados, os principais desafios da mobilidade corporativa são o custo (18%), o tempo de deslocamento (18%), a lotação (16%) e a segurança dos funcionários (15%). Para os empregados, os maiores desafios são o tempo de deslocamento (31%) e a lotação dos transportes (32%).
Tanto para os gestores quanto para os empregados, os meios de transporte mais utilizados por quem está em regime de trabalho presencial alternam-se entre carro e ônibus, sendo que entre os gestores 80% utilizam carro e 70% utilizam ônibus; e entre os empregados 59% utilizam carro e 36% utilizam ônibus.
“Este panorama envolvendo transporte e retorno à atividade presencial colocou a mobilidade como tema estratégico para as empresas, e uma demanda urgente para o RH. A locomoção virou uma equação a ser resolvida por conta da infraestrutura do transporte público das cidades brasileiras e do mercado automotivo: por um lado há uma insatisfação com o transporte público, e pelo outro lado, o custo dos combustíveis e a falta de carros no mercado deixou o custo do transporte próprio muito caro”, aponta Antônio Carlos Gonçalves, CEO do Fretadão.
Impasse no retorno ao trabalho presencial
A pesquisa apontou que 56% dos empregados estão trabalhando em modelo remoto ou híbrido, com cerca de 10 dias presenciais mensalmente. Para o período atual da pandemia, com o avanço da vacinação e fim das restrições de circulação, há um impasse no retorno ao trabalho presencial.
“Nesse cenário, as alternativas de mobilidade urbana podem fazer grande diferença, como o uso de fretado compartilhado que promove uma melhor experiência para os usuários, bem como uma camada consistente de tecnologias como inteligência artificial para uma gestão de rotas mais assertiva cobrindo melhor variáveis como custo e tempo”, afirma Antônio Carlos.
Bem-estar é prioridade
O estudo destacou que 82% dos colaboradores entrevistados indicaram que, com as lições impostas pela pandemia, passaram a valorizar ainda mais a relação entre bem-estar e rotina de trabalho. A saúde mental é outro aspecto importante apontado na pesquisa do Fretadão. Entre as empresas avaliadas, 52% delas investem mais de R$ 500 por colaborador em iniciativas para promover a saúde mental com programas de bem-estar.
Segundo os empregados, a utilização de um transporte confortável, sem lotação e tumulto, contribuiria muito para essa condição. O fretado, por exemplo, possibilita ler, descansar, dormir e até trabalhar. Além disso, há uma redução com despesas evitando gastos com desgaste e manutenção do carro próprio, ou lotações, atrasos e risco na pandemia, no caso do transporte público.
“Identificamos um espaço significativo para que as empresas implantem a inovação no benefício do modal de transporte, considerando o fretamento compartilhado. Isso pode impactar em redução de custo no pacote de benefícios oferecidos pelas empresas, substituindo vale-transporte e auxílio combustível pelo fretado. Por outro lado, as empresas desempenham um papel socialmente responsável ao garantirem a segurança das pessoas, o bem-estar durante o trajeto e, ao mesmo tempo, contribuem para a redução da emissão de poluentes na atmosfera”, enfatiza o CEO do Fretadão.
Menos carro na rua, menos poluentes no ar
O modal por transporte de fretamento compartilhado também desempenha um papel fundamental em relação à preservação do meio ambiente. A cada 100 quilômetros rodados, um automóvel com um ocupante emite 45kg de gases tóxicos. O fretado, percorrendo a mesma quilometragem e transportando 30 pessoas, emite 7kg de poluentes.
“O nosso modelo de operação está em sintonia com as necessidades das empresas tanto nos aspectos de saúde física e mental, como no ambiental, sendo uma alternativa sustentável para o ar com menos emissão de poluentes e contribuindo para a melhoria do trânsito”, finaliza Gonçalves.
Metodologia
O estudo escutou 1.000 profissionais, sendo 503 entrevistas realizadas com gestores e 497 com empregados. A coleta de dados ocorreu entre os dias 08 de agosto e 18 de setembro de 2021, realizadas nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo (capital, região metropolitana, interior e litoral).