A cidade de São Paulo, chefiada pelo prefeito Ricardo Nunes, vai destinar R$ 2,5 bilhões em subsídios para o sistema de ônibus em 2022.
A autorização do dinheiro para a SPTrans, gerenciadora do transporte sobre ônibus na capital, é da secretaria de Mobilidade e Trânsito.
O valor, no entanto, pode ser insuficiente para 2022, já que a tarifa não sobe desde janeiro de 2019 e continuará congelada por pelo menos até fevereiro do próximo ano.
Só neste ano de 2021, a SPTrans projeta ter injetado R$ 3,3 bilhões em subsídios, mesmo valor de 2020 quando fomos mais afetados pela pandemia de Covid-19, do ponto de vista da demanda de passageiros. Antes da pandemia, em 2019, os subsídios foram de R$ 3,1 bilhões.
O prefeito Ricardo Nunes espera ajuda do governo federal para bancar os custos no transporte coletivo municipal, e caso isso não ocorra, será necessário elevar os subsídios em São Paulo para patamares entre R$ 3,4 bilhões e R$ 3,6 bilhões, dependendo de diversos outros fatores, como por exemplo, o preço do óleo diesel, que somente em 2021 teve alta de 65%.
Segundo projeção da SPTrans, devem ser transportados por dia útil, pouco menos de 7,5 milhões de passageiros em 2022. Uma queda de 16% se comparado em 2019, período antes da pandemia, quando eram transportados 8,87 milhões de passageiros por dia útil.
A secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana apresentou uma sugestão de tarifa de R$ 5,10, no entanto, o prefeito Ricardo Nunes quer aguardar uma votação do Congresso Nacional sobre a ajuda federal que deve acontecer em fevereiro.
A ajuda federal por meio de financiamento pode acontecer a partir de uma das seguintes formas abaixo:
- A União custear as gratuidades para idosos com 65 anos de idade ou mais;
- O Governo Federal pagar um VTS (Vale-Transporte Social) para pessoas beneficiárias de programas sociais registradas no CadÚnico e também para desempregados registrados no Caged;
- O Governo Federal custear ou desonerar o óleo diesel dos ônibus.