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quinta-feira, março 28, 2024

CPTM retoma programa Em Movimento por Elas e inaugura sete novos Espaços Acolher

Na última segunda-feira, dia 3 de agosto de 2020, a CPTM retomou o programa “Em Movimento Por Elas”, lançado em março deste ano em parceria com o Instituto Avon.

O cronograma previsto desde março foi adiado por conta da pandemia de Covid-19, mas está sendo retomado com eventos e ações que visam criar e consolidar uma rede de proteção permanente para passageiras e colaboradoras.

O programa consiste na formulação de políticas públicas no âmbito da Companhia, criando uma rede de proteção às mulheres com base em implementação de projetos internos e externos que permitam o fortalecimento da autoestima, visibilidade para questões de gênero e combate à violência contra a mulher.

E as primeiras ações do programa “Em Movimento Por Elas” já estão em pleno funcionamento: na última segunda-feira, dia 3 de agosto, foram inaugurados os sete Espaços Acolher – que tem como objetivo dar atendimento humanizado e com privacidade a vítimas violência ou importunação sexual nos trens e estações – previstos para este mês. Cada uma das sete linhas recebeu um novo espaço:

Entre setembro e dezembro serão inaugurados mais 20 novos Espaços Acolher, em locais ainda não definidos. Desta forma, até o final do ano a CPTM terá 35 locais, ou seja, em um terço das suas estações.

“Se uma mulher quiser a nossa ajuda ela poderá recebê-la em qualquer estação, mas se ela quiser um Espaço Acolher o objetivo é que ela tenha que se movimentar por apenas mais uma estação para ter um atendimento mais reservado”, explica Pedro Moro, presidente da CPTM.

Na primeira quinzena de março, a CPTM inaugurou 8 Espaços Acolher: Guaianases e Dom Bosco, na Linha 11-Coral, Tatuapé (linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade), Tamanduateí (Linha 10-Turquesa), Pinheiros (Linha 9-Esmeralda), Carapicuíba (8-Diamante), Palmeiras-Barra Funda (7-Rubi e 8-Diamante) e Franco da Rocha (7-Rubi).

“Isso mostra a importância de denunciar qualquer tipo de violência ou importunação sexual. A mulher é uma vítima, e quando ela denuncia a CPTM e os órgãos de segurança podem, de fato, tomar uma atitude para coibir esse crime. Para nós, é muito importante dar um fim a isso”, afirma Pedro Moro.

Também em agosto a CPTM irá veicular, nas estações, trens e redes sociais, uma nova campanha de combate a importunação sexual, com foco na importância das pessoas que presenciaram o ato testemunharem.

E para reforçar esse ato de ajuda ao próximo, a CPTM disponibilizará a todos que forem testemunhas um atestado, para que a pessoa possa justificar um atraso ou até uma falta ao trabalho. As redes da CPTM também irão divulgar as cartilhas digitais do Instituto Avon.

O SOS Mulher, aplicativo desenvolvido pela Polícia Militar de São Paulo para auxiliar mulheres que já possuem medidas protetivas, também será amplamente divulgado pela CPTM. Desde seu lançamento em 1º de abril de 2019, o aplicativo (disponível para iOS e Android) contou com 15.711 downloads, 1.311 ocorrências atendidas e 21 pessoas presas por descumprimento da medida protetiva.

O objetivo é ampliar a divulgação de mais este importante meio de defesa das mulheres que procuram a Justiça em busca de proteção. O Canal de Denúncias da CPTM também será reorganizado, para permitir que as colaboradoras da CPTM tenham mais uma maneira de solicitar a ajuda da CPTM, inclusive em casos de violência doméstica e fora do seu local de trabalho.

Em agosto a CPTM também terá a confecção de um grafite artístico em homenagem à mulher e o Coral Nos Trilhos da Canção terá um clipe divulgado nas redes sociais para marcar o relançamento do programa Em Movimento por Elas.

Outras ações já estão programadas para os próximos meses, mostrando que o respeito à mulher deve ser trabalhado todos os dias, por todos. Mesmo com a necessidade de avaliação dos formatos conforme a situação da pandemia da Covid-19, a agenda de eventos com foco em saúde, autoestima e independência financeira, além dos treinamentos, não será mais interrompida.

“Todas as grandes empresas têm importantes discursos pela valorização da mulher e combate ao machismo. A CPTM é uma grande empresa, transporta três milhões de pessoas sendo que a maior parte são mulheres. Queremos ir além do discurso, queremos que as nossas passageiras sejam respeitadas e as nossas colaboradoras vejam a companhia como um lugar seguro, acolhedor e, principalmente, justo para elas”, finaliza Pedro Moro.

CPTM ouviu o que a passageira tem a dizer

As ações já realizadas pelo programa e as que estão por vir usam como base a Pesquisa Voz Feminina CPTM, que durante todo o mês de março deste ano ouviu 1,2 mil passageiras que embarcavam nos trens da companhia.

A pesquisa, que também foi realizada em 2018 e 2019, mostrou resultados nada animadores. As respostas – obtidas apenas por entrevistadoras mulheres – mostraram que 47,6% das mulheres já sofreram ou conhecem mulheres que já sofreram algum tipo de importunação sexual no transporte público em geral, sendo que 69,3% destes crimes aconteceram dentro de trens, 14,7% no Metrô e 11,7% em ônibus. O grande problema, neste caso, é que apenas 15,6% denunciaram o fato.

Mais de 70% das mulheres conhecem as campanhas de combate a importunação sexual e as formas de denúncia, mas, ao longo dos anos, essa lembrança vem diminuindo, demonstrando a importância da divulgação constante, especialmente no próprio sistema.

“Sabemos que estes resultados são ruins e por isso estamos trabalhando para que o assédio sexual nos trens e estações diminua ou até desapareça. Para isso, estamos criando espaços de acolhimento para as vítimas e campanhas de incentivo a denúncia e para que as pessoas que estiverem por perto testemunhem, demostrando para o agressor que a CPTM será totalmente hostil a quem praticar estes atos covardes dentro do sistema”, afirma Pedro Moro, presidente da Companhia.

Além de todas as ações de combate à importunação e ao assédio sexual nos trens e estações, vale lembrar que a CPTM possui uma central de monitoramento da segurança, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, com 14 pessoas trabalhando por turno, que controlam mais de 2500 câmeras em estações, e até dezembro serão mais de 4000 câmeras.

Nos trens são mais de 6000 câmeras de olho em todo o movimento durante a circulação. Todos os casos denunciados são registrados pela CPTM, que também é a responsável pelo encaminhamento do agressor para a autoridade policial.

Primeiras ações do programa Em Movimento Por Elas

O Programa “Em Movimento por Elas” foi lançado oficialmente em 10 de março durante um evento com mais de 500 colaboradoras da CPTM na Sala São Paulo e tem parceria com o Instituto Avon, que participa do programa com treinamento das equipes de estação e segurança sobre a correta abordagem as vítimas, workshop para colaboradores sobre o papel dos homens no enfrentamento à essas violências, auxílio na criação de nova campanha contra assédio sexual nos trens e estações, apoio para estruturação do canal de denúncia, além de doação de cartilhas sobre “Relacionamentos Saudáveis”.

“A criação de um programa permanente para mulheres, tanto as nossas colaboradoras quanto as nossas passageiras – que são a maioria entres as pessoas transportadas por nós todos os dias – vem de encontro com as mudanças e o protagonismo das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade, que são muito bem-vindas”, afirma Pedro Moro.

No início do ano, a CPTM também promoveu e divulgou tutoriais de maquiagem, feitos pelas próprias colaboradoras e formou o coral Nos Trilhos da Canção, com a participação de 23 colaboradoras de diversas áreas da companhia.

Além disso, foram veiculadas campanhas de combate ao assédio e importunação sexual nos trens e estações e nas redes sociais da companhia, nos meses de fevereiro, março, junho e julho.

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