A CPTM recebeu 36 representantes da Fundação Dorina Nowill, que trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência visual, na Estação Brás. O encontro aconteceu no dia 26 de novembro, no auditório do Centro de Controle Operacional, e reuniu deficientes visuais, amigos e familiares, para um treinamento de embarque e desembarque nos trens.
O engenheiro Daniel Amélio, do Departamento de Controle Operacional, explicou a origem da CPTM, ressaltou o funcionamento do sistema e o serviço Expresso Turístico. Em seguida, Ricardo da Silva Júnior, do Departamento de Engenharia de Estações e Comunicação e Maitê Bonfiglioli, do Departamento de Engenharia de Bilhetagem e Energia Elétrica, falaram sobre a questão da acessibilidade, intervenções em andamento e os procedimentos de atendimento dos funcionários: “A estação é a porta de entrada dos passageiros”, destacou Ricardo da Silva Júnior.
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O chefe do Departamento de Engenharia de Estações e Comunicação, Antônio Rodrigues, ressaltou a importância das pessoas com deficiência solicitarem auxílio aos colaboradores: “As equipes que atuam nas estações estão treinadas para receber vocês”.
A passageira Talita Matos, de 24 anos, concorda. Ela mora próximo à Estação Jardim Helena, na Linha 12-Safira, usa os trens para ir ao balé e à Fundação e conta que os funcionários são sempre muito atenciosos, “eu só tenho que agradecer à CPTM”. Talita Matos estava acompanhada da mãe Marineide Matos, e acredita que o treinamento trará maior autonomia na hora de utilizar o transporte.
Este também é o sentimento de Andreia Soares, 41. Ela conta que costuma ir de trem até a Fundação Dorina Nowill e, com as instruções recebidas, terá mais confiança. “O treinamento é fundamental. Estava insegura antes de usar a bengala, agora me sinto mais confiante”.
Após as explicações teóricas, o grupo seguiu para a plataforma 8 da estação Brás, onde um trem os aguardava para iniciar os treinamentos. Os instrutores da Fundação Dorina Nowill, Eduardo Drezza e Jennifer do Nascimento, orientaram os alunos sobre como embarcar e desembarcar do trem com autonomia e segurança.
A adolescente Ester Santos, de 15 anos, conta que usa a CPTM no seu dia a dia para ir à Fundação Dorina Nowill. Junto com a mãe Verônica Santos, ela participou do treinamento pela primeira vez e aprovou. “Gostei bastante, passei a usar a CPTM quando comecei a frequentar a Dorina Dorina Nowill”.
Já Rosângela Bittencourt Wolf, de 50 anos, não tem o hábito de viajar de trem. Ao lado do marido, Roni Wolf, ela explica que desde que passou a frequentar a Fundação Dorina Nowill, em maio deste ano, tem desenvolvido a questão da independência e ressalta que o treinamento é de suma importância neste processo.
“Isso aqui não tem preço”, ressaltou o instrutor Eduardo Drezza ao final do evento de capacitação, em agradecimento à oportunidade concedida pela Companhia.
Fundação Dorina Nowill
A entidade, sem fins lucrativos, atua há mais de 70 anos para a inclusão de pessoas com deficiência visual. Além de serviços como educação, reabilitação e empregabilidade, a fundação produz e distribui, de forma gratuita, livros em braile.