O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) ameaça entrar em greve a partir da 0h da próxima quarta-feira (24), a decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quinta-feira (18). A categoria não chegou a um acordo com as empresas de transporte sobre o reajuste salarial.
Foi realizada uma nova rodada de negociação na quarta-feira (17). Nesta reunião, a proposta das empresas foi um reajuste salarial de 3,25% em parcela única, a proposta anterior havia sido de 3% parcelado em duas vezes.
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Diante da recusa da nova proposta, o sindicato estabeleceu um prazo de 72 horas para que as empresas enviem uma contraproposta. Caso uma nova proposta não seja apresentada, os motoristas e cobradores de ônibus devem cruzar os braços a partir da 0h de quarta-feira (24).
O sindicato reivindica reajuste salarial equivalente à inflação mais 5% de ganho real, aumento do valor do vale-refeição de R$ 20,50 para R$ 25,00, pagamento da Participação nos Lucros e Resultados, no valor de R$ 2.000,00, referente aos últimos 12 meses e a garantia do emprego dos cobradores.
No início da semana, a paralisação de três horas prevista para quarta-feira (17) foi suspensa, porque as empresas e a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes reabriu o diálogo com o sindicato.
O SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) enviou uma nota ao blog Diário do Transporte, referente as negociações com a categoria. Leia na íntegra:
“As empresas de transporte urbano de passageiros, por meio do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) apresentaram proposta de reajuste salarial de 3,27%, índice apurado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e o mesmo percentual de reajuste no tíquete refeição. Não há possibilidade de tratar de valor do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), quando o próprio Sindicato dos Motoristas reconheceu, em carta aberta à população, que a saúde financeira do transporte púbico está debilitada e que a Prefeitura de São Paulo deve às empresas do setor R$ 323 milhões”.