Criminosos desenvolveram uma nova forma de fraudar os créditos do Bilhete Único. Além de colocarem saldo indevido nos cartões, agora eles estão clonando os cartões. O esquema foi descoberto pela polícia na semana passada, após uma operação em conjunto com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em Mauá.
A operação foi deflagrada para tentar localizar as dezenas de unidades do Bilhete Único que foram roubadas do depósito da Estação Utinga, da Linha 10-Turquesa da CTPM, na madrugada do dia 13 de março. Os policiais não encontraram nenhum dos cartões levados pelos criminosos, mas acabaram descobrindo a nova tática para fraudar o sistema.
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A polícia encontrou e apreendeu dois cartões que possuem o mesmo número de cadastro durante a ação. Apesar de serem o mesmo Bilhete Único, eles tinham saldos diferentes: enquanto um tinha saldo de R$ 229,00 o outro tinha saldo de R$ 172,00.
Um documento da SPTrans mostrou que o saldo oficial de um dos cartões é zero. Ou seja, o crédito é falso, e nenhum dos valores foram creditados para a Prefeitura de São Paulo. Mesmo assim, os bilhetes funcionavam normalmente nas catracas.
Tecnologia contra as fraudes
Na tentativa de combater os golpes, a SPTrans bloqueou quase 10 mil cartões de uma só vez, no começo deste ano. Já a polícia, prendeu cerca de 20 pessoas vendendo bilhetes ilegalmente. O secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, diz que a Prefeitura de São Paulo vai investir em tecnologia para sanar o problema.
“Esse problema da fraude vai reduzir significadamente, a fraude de carregamento falso, quando atualizarmos o software. Nós encontramos um contrato muito atrasado e nós combinamos com a empresa que, em maio, eles nos entregam um modelo que vai resolver esse problema”, disse o secretário, em entrevista ao telejornal Bom dia São Paulo da TV Globo.