Somente nos últimos seis meses, a Prefeitura de São Paulo deixou de tapar, em média, 5.000 buracos por mês, na comparação os mesmos meses do ano anterior.
Na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, a quantidade de buracos tapados na cidade caiu de 428 mil, em 2013, para 197 mil, em 2016, segundo dados obtidos pelo jornal Folha de São Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação. A situação piorou em dezembro de 2016, quando a oficina que produz asfalto para a capital paulista chegou a ser paralisada.
Na gestão do prefeito João Doria houve uma queda de 7,3% na operação tapa-buracos no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016.
Com esse cenário, os motoristas são obrigados a dirigir de um jeito novo em São Paulo. As fortes chuvas e o rompimento de galerias de águas pluviais ainda agravam a situação, criando verdadeiras crateras pela cidade. Os buracos podem ser provocados por problemas que vão de projetos voltados para um trânsito menor de veículos à baixa qualidade do material usado, segundo a engenheira civil Rita Moura Fontes, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
“Outro problema é como se tapam os buracos na cidade. Em alguns casos, a massa asfáltica que sai quente da usina já não está mais na temperatura adequada no final do trajeto, tornando o trabalho ineficaz”, disse a engenheira.
O vice-prefeito Bruno Covas, afirmou a reportagem do jornal Folha de São Paulo que colocou mais equipes para fazer o serviço na cidade. “Aumentamos de 32 para 75 caminhões fazendo este tipo de serviço”, diz.
Doações da iniciativa privada
A Prefeitura de São Paulo lançará um novo programa de tapa-buracos e asfaltamento. O programa “Asfalto Novo” incluirá doações de material pela iniciativa privada e um acordo com concessionárias que atuam na capital paulista.
O prefeito quer que empresas como Sabesp, Eletropaulo e Comgás façam o recape de uma área de 50 m² sempre que precisarem abrir um buraco. Outro ponto será a doação de recape de ruas pela iniciativa privada, a gestão João Doria quer acelerar esse processo que diminuiu nos últimos anos, a prefeitura pretende utilizar a verba do fundo de multas da CET para melhorar a qualidade do asfalto.