Metroviários podem fazer paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, dia 15

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo promete fazer uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (15). Os funcionários do Metrô podem aderir a uma manifestação nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista. A data foi estipulada por movimentos sociais e centrais sindicais como o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência e Trabalhista, ambas estipuladas pelo Governo Federal.

De acordo com informações divulgadas no site do sindicato, os metroviários farão uma assembleia nesta terça-feira (14), às 18h30, na sede do sindicato no bairro do Tatuapé, na Zona Leste, para definir se haverá paralisação. O Metrô informa através de seu perfil oficial no Twitter para os usuários que “não há negociação trabalhista em curso entre a empresa e o Sindicato dos Metroviários, e caso haja alguma tentativa de interferência nos serviços por parte do sindicato, o Metrô informará com antecedência as medidas a serem adotadas”.

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  • A categoria do Sindicato dos Metroviários compreende os funcionários que trabalham nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata. Referente a Linha 4-Amarela, a operação e manutenção é de responsabilidade da concessionária ViaQuatro, os funcionários não irão realizar paralisação dos serviços.

    Quem não conseguir carona com amigos pode buscar os serviços oferecidos por aplicativos de transportes, como Uber, 99, Cabify ou Easy.

    Governo do Estado

    O governador Geraldo Alckmin criticou na manhã desta terça-feira a possível paralisação e afirmou que o Governo do Estado entrou com um pedido de liminar para garantir o pleno funcionamento das linhas do Metrô nesta quarta-feira (15).

    “Não tem razão paralisar um sistema de metrô que transporta 5 milhões de passageiros porque é contra e quer mudar a reforma da Previdência. Pode fazê-lo, mas não dessa forma”, disse o governador. “Entramos com pedido de liminar e seremos duríssimos no sentido de cumprimento da decisão judicial.”

    O governador declarou ainda que os metroviários não podem parar e prejudicar a vida de trabalhadores que precisam se deslocar aos seus locais de trabalho.

    Liminar judicial

    O Tribunal Regional do Trabalho concedeu na tarde desta terça-feira (14) liminar contra paralisação dos funcionários do Metrô nesta quarta-feira (15). Confira a nota na íntegra do Metrô de São Paulo:

    “O Tribunal Regional do Trabalho concedeu liminar ao Metrô determinando o Sindicato dos Metroviários de São Paulo a manter efetivo de 100% dos serviços nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 70% nos demais horários nesta quarta-feira, dia 15/03, sob pena de aplicação de multa diária ao Sindicato no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

    A Companhia reitera que os empregados não estão autorizados a abandonar seus postos de trabalho para participar da mobilização. A ausência ou abandono do posto de trabalho implicará em desconto das horas e do Descanso Semanal Remunerado.

    O Metrô conta com o bom senso da categoria para que a população não seja privada de um transporte tão essencial para a cidade de São Paulo e reitera que serão adotadas todas as medidas necessárias para garantir a oferta do transporte metroviário”.

    SPTrans

    O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) realizou na tarde desta segunda-feira (13) uma reunião preparatória para o Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Lutas, na quarta-feira (15), a categoria paralisará as atividades entre 0h e 8h.

    Reforma da Previdência

    O texto da reforma da Previdência está em tramitação em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, onde deverá ser votada até abril. A proposta prevê pontos polêmicos, como o estabelecimento de idade mínima aos 65 anos para todos os trabalhadores, além da exigência de pelo menos 25 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Entretanto, para que o trabalhador consiga se aposentar com o benefício integral, o texto apresentado pelo governo Michel Temer prevê a obrigatoriedade de pelo menos 49 anos de contribuição.

    Efetivo mínimo

    A lei federal que prescreve o direito de greve no Brasil estipula que, em caso de serviços ou atividades consideradas como primordiais, “os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores devem manter um efetivo mínimo trabalhado para garantir a manutenção do serviço”.

    Entre as atividades consideradas pela lei como primordiais estão o transporte público, assistência médica e hospitalar, serviço funerário, telecomunicações, controle de tráfego aéreo, entre outras.

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    * Atualização às 19h15 em 14/03/2017

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