O subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo às empresas de ônibus para cobrir parte das gastos com o transporte público deverá chegar ao fim deste ano 336% mais caro do que foi há uma década.
A projeção está no boletim Indicador Paulistano, da Câmara Municipal de São Paulo, que fez levantamento dos valores transferidos desde 2006 e do peso que o subsídio representa no Orçamento.
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Segundo o estudo, em 2006, foram destinados R$ 543,4 milhões, em valores atualizados. “Para 2016, projeta-se (com base na média mensal do ano) um valor próximo de R$ 2,37 bilhões, o que representaria um crescimento real de 336%.”
O levantamento mostra que o gasto com subsídio, que equivalia a 0,9% das despesas totais da prefeitura em 2006, poderá alcançar 5,2% das despesas totais neste ano.
Em 2016, a Prefeitura de São Paulo projetou gastar até dezembro R$ 1,79 bilhão com subsídio, mas o valor já foi atingido no mês passado.
Para 2017, a expectativa é que o montante poderá ser ainda mais elevado por causa da medida anunciada pelo prefeito eleito, João Doria, de manter congelada a tarifa em R$ 3,80 no primeiro ano de seu governo. A campanha ainda explicou como o gasto será coberto.
A prefeitura paga subsídio às empresas porque a cobrança da tarifa não é suficiente para custear o transporte público por ônibus, mais oneroso nos últimos anos com a expansão das gratuidades e das integrações.
* As informações são do Metro Jornal