Santo André inicia operação da central de mobilidade

A Prefeitura de Santo André iniciou no fim do mês passado a operação da central de mobilidade interativa cujo objetivo é otimizar o monitoramento do trânsito e, consequentemente, reduzir os congestionamentos na cidade em até 20%. O projeto apresentado pela administração municipal em 2014 estava previsto para entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2015, no entanto, a manutenção do espaço que abriga o equipamento e a instalação das câmeras em semáforos acabaram adiando o cronograma inicial.

Localizada no prédio que está instalado o DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) de Santo André, a central de mobilidade, também conhecida como CCO (Centro de Controle Operacional), atualmente controla em tempo real semáforos instalados no corredor formado pelas avenidas Santos Dumont, Giovanni Battista Pirelli e Dom Pedro II.

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Ao todo, são 61 câmeras de monitoramento espalhadas em toda extensão do eixo. Os equipamentos são responsáveis por realizar o controle de 149 faixas de tráfego por meio de laços de contagem.

“É uma central que trabalha com dados matemáticos, portanto, o equipamento já consegue alterar o ciclo de tempo dos semáforos simultaneamente. Se pegarmos um cruzamento em que não tem fluxo nenhum de veículo em determinado momento, por exemplo, a central automaticamente já dará prioridade para manter a passagem dessa via fechada, dando, assim, prioridade para o tráfego de veículos em ruas paralelas”, relata o diretor de Trânsito de Santo André Epeus Pinto Monteiro.

A expectativa da administração municipal é a de que no período de quatro a seis meses o novo sistema já contribua para uma melhor fluidez de veículos no município. “Acreditamos que nesse período os congestionamentos nesse trecho diminuam entre 15% a 20%. Vale destacar, que esse ganho é uma junção da otimização dos semáforos e também de mudanças no sentido de algumas vias que fizemos neste ano.”

O equipamento locado junto à empresa alemã Siemens, desenvolvedora do software, terá um custo mensal aos cofres municipais de R$ 180 mil. “A vantagem de você locar o equipamento é que quando houver qualquer atualização do sistema não há prejuízo”, ressalta Epeus Pinto Monteiro.

De acordo com o diretor do departamento de trânsito, embora o equipamento possibilite controlar 500 interseções, a ideia do município é manter neste primeiro momento somente o controle do eixo da Avenida Giovanni Battista Pirelli. “Temos aproximadamente 320 interseções em todo o território de Santo André, mas nesse momento nosso objetivo é trabalhar somente com esse corredor selecionado para posteriormente analisarmos a expansão do projeto. Vale lembrar que, embora o custo para controlar outros eixos seja menor do que foi gasto nesta etapa inicial, o município precisa avaliar a atual fase econômica do País”, destaca.

OUTROS GANHOS

Na avaliação de Monteiro, além de otimizar o fluxo de veículos na cidade, a central de monitoramento também terá uma contribuição adicional para outros departamentos da cidade. “Caso ocorra um evento, por exemplo, a central já consegue me informar qual o melhor horário para interditar a via sem causar problemas para o tráfego de veículos naquela determinada região da cidade. Tudo isso através do banco de dados que o sistema consegue armazenar com o tempo de funcionamento.”

Fonte: Diário do Grande ABC

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