Número de viagens feitas de bicicleta no Brasil dobrou entre 2003 e 2014

A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) divulgou em julho dois relatórios do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana (SIMU), com informações comparativas entre 2003 e 2014. O levantamento compreende a coleta e o tratamento de dados de transporte coletivo e tráfego urbano em 483 municípios brasileiros com população superior a 60 mil habitantes. Como a pesquisa começou em 2003, manteve-se o mesmo universo para fins de comparação.

O relatório contabiliza o comportamento em três categorias: Transporte Coletivo, sendo por ônibus ou trilhos; Transporte Individual, entendido por automóveis e motocicletas; e Transporte Não Motorizado, que são os deslocamentos de bicicleta e a pé. Em 2014, a população do conjunto de municípios que compõem esse universo fez 64,1 bilhões de viagens, o que corresponde a uma média de 1,72 viagens por habitante por dia. O transporte não motorizado representa a maioria dessas viagens: 26 bilhões, sendo 23,4 delas a pé.

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No relatório comparativo, no entanto, fica claro que o crescimento mais expressivo foi na escolha da bicicleta. Se em 2003 eram 1,2 bilhão de viagens de bike ao ano, em 2014 o número dobrou e chegou a 2,6 bilhões.

Ao analisar o tempo consumido pelos modos de transporte, o que teve mais horas ao ano foi o transporte coletivo. A maior variação nesse quesito também foi na bicicleta. Ou seja: o Brasil tem mais pessoas andando de bicicleta e ficando mais tempo nos trajetos.

Custos com o transporte

O Sistema de Informações da Mobilidade Urbana ainda traz informações sobre os valores gastos com os modos de transporte no Brasil. Nessa análise, o transporte não motorizado nem é contabilizado. Mas vale a comparação de que, enquanto o transporte coletivo custa R$ 42,5 bilhões ao ano, o individual tem custo total de R$ 173,5 bilhões.

Os números são divididos em pessoal (recursos gastos pelos usuários) e público (recursos gastos pelo poder público). De 2003 a 2014, o custo pessoal do transporte individual aumentou em mais de R$ 100 bilhões ao ano.

Também há os custos de impactos, relacionados à poluição e aos acidentes. Nesse quesito, o transporte individual é mais uma vez o custo mais alto, principalmente em relação aos acidentes, que somam os valores de horas perdidas de trabalho, custos médios hospitalares, reparação de veículos e outros. Em 2014, o custo foi quatro vezes maior que o de 2003, fechando em R$ 16,3 bilhões.

Fonte: The City Fix Brasil

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