Um grupo de manifestantes fechou a Avenida Paulista noite desta quinta-feira (1º), e iniciou uma marcha rumo ao Centro de São Paulo descendo a Rua da Consolação em protesto contra o governo do presidente Michel Temer. É o quarto dia seguido de protestos.
Policiais militares acompanharam a manifestação. Por volta de 21h55, a polícia passou a atirar bombas de gás lacrimogêneo em manifestantes que tocavam fogo em lixo na região central. Segundo a Polícia Militar, um homem foi detido por depredação e danos ao patrimônio público e encaminhado ao 78º Distrito Policial dos Jardins.
O confronto maior começou na Avenida Nove de Julho, depois que um grupo passou a por fogo em lixeiras e a atirar pedras nos policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Por volta de 23h, a polícia dispersou os manifestantes.

Segundo o tenente Cangerama, da Polícia Militar, o saldo do protesto foi de duas vidraças quebradas, uma em uma concessionária de motos na Rua Martins Fontes, e outra em uma agência bancária na Praça da República.
Ainda de acordo com polícia, não houve feridos, nem manifestantes nem policiais. Relatos nas redes sociais, no entanto, apontam que um fotógrafo teria sido atingido na boca por tiro de bala de borracha. Questionado, o tenente disse que até o fim da operação não havia sido informado sobre essa ocorrência.
O ato começou pacífico no início da noite na Avenida Paulista. Um grupo de manifestantes se reuniu com o comando da Polícia Militar para definir o trajeto do protesto. Eles queriam inicialmente seguir em caminhada até o Largo da Batata, em Pinheiros.
Depois acordaram de sair da frente do Masp e seguir até a Praça do Ciclista, no início da Avenida Paulista. O grupo pretendia parar em frente ao escritório da Presidência da República, na esquina com a Rua Augusta.
Um grande efetivo de policiais acompanhou a manifestação. Helicópteros sobrevoavam a Avenida Paulista. A administração do Shopping Center 3 fechou as portas do centro comercial durante a passagem dos manifestantes.
Os manifestantes gritaram o nome de Deborah em homenagem à jovem ferida no olho no protesto de quarta-feira. Em seguida, sentaram no asfalto da Avenida Paulista na altura da Praça do Ciclista para debater o que iriam fazer.

A Polícia Militar direcionou o grupo para descer a Rua da Consolação, no sentido Centro. Na altura da Avenida Ipiranga, o grupo mudou de sentido e seguiu para Avenida São Luís.
Um grupo de manifestantes encontraram uma caçamba cheia de entulho e começou a pegar paus e pedras. Também colocaram fogo em lixo na Avenida Nove de Julho.
A polícia reagiu atirando bombas para dispersar os manifestantes. Várias viaturas da Força Tática da Polícia Militar seguiram em direção ao Centro para reforçar o policiamento.
* Atualização: 23h27
* Com informações do portal G1