Seis candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram na noite desta quinta-feira (29) do debate na TV Globo. Durante cerca de duas horas, os candidatos apresentaram propostas para diversas áreas, entre elas a mobilidade urbana, que iremos destacar nesta publicação. O debate foi mediado pelo jornalista César Tralli.
Participaram do debate seis candidatos: João Doria, Celso Russomano, Marta Suplicy, Fernando Haddad, Luiza Erundina e Major Olímpio.
No primeiro bloco, o candidato Celso Russomanno criticou a gestão do atual prefeito na área de transporte público. Em embate direto com Fernando Haddad, o candidato disse que vai descentralizar a cidade para que os cidadãos tenham que se deslocar menos das periferias para o centro. “Precisamos de polos de emprego com impostos um pouco mais baratos nas periferias. Os impostos no entorno de São Paulo são de 2% e aqui na capital são de 5%. Por que o senhor não baixou isso até hoje?”, questionou Celso Russomanno. O prefeito respondeu que adotou a medida na zona leste da cidade. Fernando Haddad prometeu ampliar a modernização dos ônibus.
No terceiro bloco, a redução de velocidade nas vias apareceu em embate entre Celso Russomanno e João Doria. Ambos prometeram revogar a medida de Fernando Haddad logo no início da gestão, caso vençam as eleições. Segundo eles, não está comprovada a relação entre a mudança e a queda do número de mortes em acidentes na cidade. Os dois também disseram que vão colocar a Guarda Civil Metropolitana para fazer segurança nas ruas.
Em embate com Luiza Erundina, o prefeito Fernando Haddad desqualificou o discurso. Disse que a redução de velocidade nas vias é recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e que teve coragem de implementá-la, enquanto os adversários tentam o “voto fácil” ao prometer retomar os antigos limites.
No final, o prefeito Fernando Haddad indagou Celso Russomanno sobre o que fará com aplicativos de transporte, como o Uber, regulamentado por ele, e afirmou que o candidato mudou de posição ao afirmar, inicialmente, que iria acabar com a prática, para, depois, defender a regulamentação. “Vamos definir a quantidade de veículos que vai andar nas ruas para proteger todos”, disse Celso Russomanno.
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