As obras da Linha-4 Amarela do Metrô de São Paulo foram retomadas nesta sexta-feira (12) após 13 meses de paralisação. Em julho de 2015, o contrato foi rescindido porque o consórcio anterior Corsán-Corviam não cumpriu a sua parte.
O consórcio TC-Linha 4, que vai assumir as obras, assinou o contrato de licitação no dia 12 de julho e no dia 15 foi dada a ordem de serviço para a continuidade das obras das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, além do terminal de ônibus anexo a esta última.
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“Lamentavelmente o consórcio que venceu a licitação das quatro estações abandonou a obra, que é financiada pelo BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). Ela tomou uma multa de R$ 23 milhões, 2 anos proibida de participar de licitações no estado e relicitamos a obra”, disse o governador Geraldo Alckmin.
A nova licitação pagou R$ 1,3 bilhão à TC-Linha 4. Parte da obra, como as escavações das estações, já está concluída.
O anúncio da retomada foi feito no canteiro de obras da futura estação Higienópolis-Mackenzie, que apresenta o serviço mais adiantado entre aqueles pendentes. A expectativa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos é entregar as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire em 2017, três anos após a primeira estimativa feita pelo Metrô para a conclusão das obras: 2014. Já as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia deverão ser entregues em 2018.
“A estação Higienópolis-Mackenzie está mais de 60% concluída e é a mais adiantada. O túnel sob a Rua da Consolação já está pronto e haverá dois acessos, uma pela Consolação e outro pelo outro lado, na Rua Rio Preto”, disse Geraldo Alckmin.
“O consórcio nos condeceu um desconto de 32%. O valor de tudo que está sendo contratado hoje é de R$ 858 milhões, grande parte financiados pelo Banco Mundial”, completou.
Questionado sobre a garantia de conclusão das obras, o secretário de Transportes Metropolitanos, Cloadoaldo Pelissioni, disse que há pagamento de fiança.
“O Banco Mundial fez uma modificação no edital que garante incondicionalmente que as obras serão concluídas, mesmo que as empreiteiras não cumpram o contrato. É como se fosse uma fiança bancária. Acredito que dessa vez teremos sucesso na execução das obras”, disse.
Contrato rompido
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam era responsável por concluir a Linha 4-Amarela do Metrô, mas que teve o contrato quebrado pelo Metrô após as obras serem paralisadas. A rescisão do contrato foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin em fevereiro de 2015, mas ocorreu apenas em julho.
O Metrô rompeu os contratos de forma unilateral, alegando que não foram atendidas cláusulas contratuais. Já o consórcio Isolux Corsán-Corvian disse que as empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%. “A Isolux está segura de que cumpriu todas as suas obrigações e que a inviabilidade do contrato não pode ser atribuída a qualquer falha ou quebra de contrato por sua parte”, disse.
O consórcio foi contratado em 2012 por R$ 1,8 bilhão para construir as estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além de um pátio de manobras e um terminal de ônibus na Vila Sônia. Pouco do serviço contratado, porém, foi entregue.
Linha 4-Amarela
A Linha 4 terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da primeira fase das obras foi assinado em novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em maio de 2010. A egunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.
Fonte: G1