Quem costuma usar os trens da CPTM já deve ter enfrentado atrasos ou até mesmo usado o sistema Paese, que é quando ônibus levam os passageiros de uma estação a outra, por causa de alguma interrupção no serviço. O problema é que essas interrupções tem se tornado frequentes, principalmente, por causa de furtos de cabos de energia.
Essa é a rotina nas estações da Linha 11-Coral da CPTM no Alto Tietê. Um chega e sai que movimenta quase um milhão de pessoas por dia. Gente que usa os trens pra ir trabalhar, passear, fazer compras e que já não aguenta mais chegar atrasada.
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E um dos principais motivos pra esse atraso, pelo menos ultimamente, são os furtos de cabos de energia. O último caso, divulgado pela CPTM, aconteceu no dia 22 de julho entre as estações Antonio Gianetti Neto e Ferraz de Vasconcelos. O furto dos cabos fez com que os trens operassem com velocidade reduzida e um intervalo maior entre uma partida e outra.
Mas o pior caso aconteceu em abril quando, depois de outro furto de cabos, a subestação de energia de Calmon Viana pegou fogo. O incêndio afetou os equipamentos e faz com que a circulação dos trens ficasse suspensa por quase duas horas. Na época o sistema Paese precisou ser acionado. Um problema e tanto pra quem tanto depende do transporte.
A população cobra mais segurança e fiscalização para evitar que esses crimes aconteçam. A Polícia Militar diz que não cabe a ela a segurança dentro dos trilhos. “Dentro da área da CPTM, a jurisdição é da própria empresa. No âmbito externo fazemos a fiscalização no entorno das estações. Tudo do lado de fora” explicou o capitão Nei Eduardo de Paula. E para descobrir possíveis pontos de venda o capitão diz que conta com o apoio da população. “A Polícia Militar aceita denúncias de locais que vende produtos ilegais e podemos fazer abordagens”.
Para diminuir os casos de vandalismo e furtos de cabos, a CPTM mantém uma parceria com a 3ª Delegacia Especializada em Furtos de Fios, do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais). O objetivo é identificar e prender autores e receptadores desse material. A CPTM pede, também, que as pessoas denunciem esse tipo de crime pelo Disque-Denúncia no 181 ou pelo serviço de atendimento ao usuário 0800 055 0121.
* As informações são da TV Diário