Radar com defeito aplica mais de 17 mil multas indevidas na capital paulista

Um radar com defeito, instalado na Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na zona leste, aplicou 17.094 multas erradas em motoristas da capital paulista. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, admitiu a falha e afirmou que todas as autuações indevidas foram canceladas. É o recorde de anulações simultâneas de multas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrado na cidade.

Segundo o diretor de Planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego, Tadeu Leite Duarte, o radar apresentou problema na placa de controle e passou a calcular errado a velocidade dos veículos que passavam pela via. O limite permitido é de 40 km/h no local. “São pequenas falhas, falhas momentâneas”, afirmou. “Em um universo 8 milhões de multas, 17 mil é quase nada.”

O equipamento está localizado no trecho entre as Ruas Manoel Osório e da Maçonaria, ao lado da faixa exclusiva de ônibus à direita. As autuações erradas ocorreram entre os dias 29 de outubro e 9 de novembro de 2015.

Só neste ano, a Prefeitura de São Paulo já teve de cancelar cerca de 27 mil multas geradas por radares com defeito, segundo afirma o diretor de Planejamento da CET. De acordo com ele, as ocorrências são distribuídas pelas regiões, não havendo concentração em alguma área.

Ressarcimento

O prefeito Fernando Haddad afirmou nesta quinta-feira, 21, que a administração municipal vai ressarcir eventuais cobranças indevidas. “É uma solução técnica e, no meu entendimento, simples. Houve falha do equipamento, então você faz a devolução de quem, por ventura, tiver recolhido a multa.”

Tadeu Leite Duarte afirma que o motorista precisa da confirmação de cancelamento da multa para receber o dinheiro de volta. “Ele cadastra a conta bancária (no site da Secretaria Municipal de Finanças) e o ressarcimento é quase imediato”, disse.

O diretor de Planejamento da CET também afirma que a empresa responsável pelo radar será alvo de sanção e que são feitas auditorias diárias nos equipamentos da cidade. “Quando o número de multas cresce muito, a própria empresa liga o sinal de alerta”, disse.

Fonte: Folha de São Paulo

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