Demissão voluntária é estratégia de privatização, denunciam metroviários

O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Alex Fernandes, afirmou hoje (20) que o Plano de Demissão Voluntária aprovado pelo Metrô, dirigido a todos os funcionários, é parte do processo de sucateamento da empresa para justificar sua privatização. “Hoje o Metrô já tem funcionários a menos do que necessita para manter o serviço em condições de atender a população. Não é uma reestruturação, é só um enxugamento do quadro profissional”, afirmou Alex Fernandes.

Segundo o Metrô, o programa tem como objetivo a renovação dos quadros e redução dos custos – sem detalhar o enxugamento pretendido. A companhia garante que haverá reposição total de vagas nas áreas operacionais. Todos os empregados com mais de 90 dias na empresa poderão se candidatar, exceto aqueles que ocupam cargo de confiança.

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“Não faz sentido aceitar a demissão gente que mal entrou e dizer que vai repor os trabalhadores. Não vai economizar nada fazendo isso. Ao demitir funcionários experientes, vai haver um custo para treinar os mais novos”, afirmou Alex Fernandes. Ele também relatou que a companhia não realizou contratações em 2015, nem mesmo por casos de morte. “Faltam servidores em todas as áreas cobertas por trabalhadores concursados: segurança, operação, manutenção”, afirmou.

Segundo o relatório anual da companhia, o Metrô fechou 2015 com 9.436 funcionários (ante 9.612 no ano anterior), sendo 4.511 na operação, 2.806 na manutenção e 1.084 na administração, entre outras áreas. O tempo médio de casa é superior a 17 anos.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em junho, o diretor de Operações do Metrô, Mário Fioratti, disse que a companhia está tendo queda no número de passageiros, prevendo piora na situação econômica da empresa, com a redução de R$ 60 milhões no orçamento de 2016. Segundo ele, seria preciso demitir 300 trabalhadores.

Informações: Rede Brasil Atual

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