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sábado, abril 20, 2024

Uber passa a oferecer viagem de helicóptero em São Paulo

O Uber começa a operar nesta segunda-feira, dia 13 de junho, no céu: será possível pedir um helicóptero pelo aplicativo de carona. O projeto é piloto e deve durar até 15 de julho.

Ao clicar na opção UberCOPTER, o usuário será redirecionado para o site da Airbus para fazer um cadastro, em que deve preencher informações como CPF, celular e peso. O algoritmo da plataforma calcula então o heliponto mais perto do usuário e envia um UberBLACK para buscá-lo.

Até agora, há nove helipontos cadastrados: os hotéis Sheraton WTC, Blue Tree Faria Lima e Transamérica, o Hangar ABC, o Campo de Marte e os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos. Os voos só podem ser feitos entre esses locais.

Confirmado o pedido, uma mensagem de texto é enviada com informações sobre o voo. O serviço ficará disponível das 7h às 20h todos os dias.

A reportagem do jornal Folha de São Paulo testou o serviço. O carro enviado para buscar os repórteres atrasou 20 minutos. Foram mais 15 minutos de Perdizes até o Campo de Marte. Lá, um helicóptero aguardava. Foi necessário preencher apenas o nome, o RG e um contato de emergência dos passageiros.

O voo até a sede da Uber, no Instituto Tomie Ohtake, na Zona Oeste, durou sete minutos.

A tarifa é cobrada por assento, mais o valor da corrida de UberBLACK. Um voo entre o hotel Blue Tree Faria Lima e o Aeroporto de Guarulhos custa R$ 271,00 e dura 13 minutos.

Para fazer o mesmo trajeto, por volta das 12h, o passageiro levaria cerca de 50 minutos e desembolsaria aproximadamente R$ 63,00 (UberX) ou R$ 87,00 a R$ 114,00 (táxi), de acordo com estimativa do Google Maps e do aplicativo 99.

Já para ir do Campo de Marte até Viracopos, o valor gira em torno de R$ 700,00, de acordo com o Uber. Uma viagem do Helicentro Morumbi, até o Blue Tree Faria Lima sai por R$ 66,00.

Os valores são promocionais e valem até quinta-feira, dia 16 de junho. Uma nova tabela de preços deve ser divulgada até o fim da semana, mas a ideia é manter o custo acessível, diz a empresa, que fica com 25% da tarifa.

A aeronave comporta cinco passageiros, respeitando o limite de peso de cerca de 500 kg no total.

Há limitações de bagagem também: até 5 kg de mala de mão e 25 kg no bagageiro.

O serviço é fornecido por três operadores de táxi aéreo: AirJet, Helimarte e UniAir. A empresa não revela a frota total disponível mas, contatadas, UniAir e AirJet disseram ter, cada uma, um helicóptero disponível para a Uber.

Segundo as empresas, os trajetos oferecidos pela Uber são raros no mercado. “Não é comum fazer deslocamentos tão curtos, mas o preço ficou bem popular. Grosso modo, popularizou o helicóptero”, diz Marcelo Graciotti, diretor de operações da AirJet.

Marcelo Graciotti espera que a entrada da Uber no mercado alavanque o setor. Na operação convencional, a empresa de táxi aéreo faz em média 15 horas de voo por mês, a R$ 3.200 a hora.

CONCORRÊNCIA

Aplicativos para contratação de táxi aéreo não são novidade. No Brasil, a Aerobid já faz a intermediação entre aeronave e passageiro por meio de plataformas virtuais.

Na Aerobid, o trajeto entre o Campo de Marte e o Aeroporto de Guarulhos sai por R$ 5.000,00 o frete do helicóptero. A rota, porém, é atípica, segundo Fernando Lacerda, presidente da empresa. Os voos mais comuns – e mais longos – custam em média R$ 20 mil.

“O que a Uber está fazendo é projeção. O valor cobrado é muito barato, não é sustentável para custear a operação. É completamente inviável. Eles estão quase que concorrendo com táxis”, afirma Fernando Lacerda.

MERCADO

Diferentemente dos táxis, a Uber entra agora em um mercado já regulamentado em parceria com empresas do setor. O objetivo é popularizar o acesso ao serviço, segundo Guilherme Telles, diretor-geral da start-up no Brasil.

“A ideia é transformar a locomoção em algo super fácil, melhorar a vida nas cidades”, afirma Guilherme Telles.

Do lado da Airbus, o interesse é em ampliar o uso dos helicópteros em São Paulo, cidade com o maior número de aeronaves por pessoa no mundo.

Em média, um helicóptero voa 400 horas por ano em São Paulo, mas tem capacidade de voar até 2.000 horas, diz Uma Subramanian, chefe de projetos especiais da A3, do Grupo Airbus.

No Brasil, há 1.522 aeronaves – incluindo aviões – licenciadas para fazer táxi aéreo, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). No Estado de São Paulo, 28 empresas estão habilitadas para oferecer o serviço.

“Nós temos agora uma camada de forte de serviço abaixo do táxi aéreo. Com isso, você estimula mais pessoas a voar”, diz Rogério Andrade, da Avantto, que administra uma frota de 60 aeronaves.

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