Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista podem entrar em greve

Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista não receberam nesta segunda (6/6) o aumento salarial de 7,5%. Os salários foram pagos, mas sem o reajuste.

O índice foi acordado com as empresas de ônibus no mês passado durante a campanha salarial da categoria. Por dois dias, inclusive, motoristas e cobradores de ônibus fecharam terminais na capital paulista.

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  • O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), afirmou que a situação é inadmissível e vai cobrar das empresas de ônibus o cumprimento do acordo trabalhista. Se os depósitos não forem feitos até terça-feira (7/6), não está descartada a possibilidade de greve de ônibus em São Paulo na quarta-feira (8/6). As empresas de ônibus alegam dificuldade de caixa.

    SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), diz que as empresas têm enfrentado dificuldades de caixa, mas que devem regularizar a situação até o final desta semana.

    Confira o comunicado:

    “As empresas concessionárias do serviço de transporte urbano, por meio do SPUrbanuss, informam que estão enfrentando problemas de caixa, que inviabilizaram o pagamento dos salários, hoje, dia 06 de junho, com o reajuste acertado de 7,5%.

    Todos os salários dos trabalhadores foram pagos nesta data, mas sem a aplicação do índice de aumento sobre os vencimentos de abril/2016. As empresas, assim como outros setores da economia, são afetadas pela crise econômica. Mas deverão normalizar o pagamento desse reajuste até o final desta semana.”

    O reajuste de 7,5% nos salários deve criar um impacto em torno de R$ 270 milhões no ano, ou R$ 33 milhões por mês, na conta do sistema de transportes, incluindo as concessionárias e as permissionárias, que são as operadoras do subsistema local que surgiram a partir de cooperativas. A situação é ainda mais grave no subsistema local.

    Entre as concessionárias, algumas empresas conseguiram empréstimos bancários para realizarem os pagamentos, o que não foi verificado ainda entre a maior parte das empresas que servem os bairros.

    A situação financeira dos transportes na cidade de São Paulo é considerada delicada por profissionais do setor.

    As viações operam por meio de aditivos contratuais desde 2013 e as empresas que surgiram das cooperativas atuam por meio de renovações emergenciais desde 2014.

    Isso ocorre porque a licitação dos transportes na cidade, que deveria ser realizada em 2013, ainda não saiu do papel.

    Em 2013, o motivo segundo a Prefeitura de São Paulo, foram as manifestações contra aumento das tarifas que fizeram com que o poder público recuasse do modelo apresentado em audiências públicas à época pelo Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

    A licitação só foi aberta no ano passado, mas em novembro o TCM (Tribunal de Contas do Município) barrou a disputa apontando uma série de questionamentos acerca dos editais.

    Não há previsão para o certame ser liberado.

    Alteração da taxa de retorno das empresas e enxugamento de custos, com a eliminação de sobreposições, por exemplo, são alguns dos objetivos da prefeitura com a licitação.

    Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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