Dados da SPTrans, mostram que neste ano, até 27 de abril, houve 34% casos de vandalismos a mais em coletivos na capital do que no mesmo período de 2015. Foram 31 ônibus incendiados e 229 depredados em 2016, uma média de 2,2 ocorrências por dia – no ano passado, no mesmo período, os registros davam conta de 29 veículos incendiados e 165 depredados.
As depredações incluem desde bancos rasgados ou pichados até vidros e portas quebrados. Nos incêndios, há casos de perda parcial ou total dos veículos.
O custo desses estragos é alto. A SPUrbanuss, entidade que reúne as empresas de ônibus da capital, estima que as companhias gastem ao ano cerca de R$ 500 mil para consertar os coletivos. Para ter uma ideia, esse é o preço de um ônibus novo.
A alta deste ano contrasta com a queda registrada em 2015 em relação a 2014. No ano passado todo, houve 61 ônibus incendiados e 568 depredados, enquanto em 2014 foram registrados 132 coletivos incendiados e 883 depredados.
A capital tem atualmente, segundo a SPUrbanuss, uma frota operacional de 8.034 ônibus. Ou seja, no ano passado, mesmo com queda nos casos, 8% da frota teve algum dano.
Todas as ocorrências são registradas na polícia. A SPTrans informa que solicita a intervenção da Secretaria de Segurança Pública para que atos de violência como os que vêm sendo registrados deixem de ocorrer.
A Secretaria de Segurança Pública informou que não realiza operações específicas para coibir esse tipo de ação.
Intermunicipais
A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), responsável por ônibus intermunicipais, contabilizou 85 casos de depredações nos três primeiros meses deste ano, uma média de 1,8 caso a cada dois dias. No ano passado todo, a média foi de 1,3 caso a cada dois dias, totalizando 245 registros.
* As informações são do Metro Jornal