Uma paralisação dos funcionários das empresas de ônibus afetou os passageiros em Guarulhos, na manhã desta sexta-feira (20). Eles reivindicam reajuste salarial. A paralisação foi encerrada por volta de 7h30.
Os motoristas e cobradores de cinco empresas cruzaram os braços às 03h e deveriam retornar ao trabalho às 06h. No entanto, por volta das 6h30, os funcionários ainda estavam realizando assembleia nas portas das garagens. Em Arujá, duas empresas também foram paralisadas. Por volta de 7h30, os ônibus começaram a deixar as garagens ao final do protesto.
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Segundo estimativas do sindicato dos motoristas de ônibus de Guarulhos (Sincoverg), cerca de 500 mil passageiros foram afetados pela paralisação na cidade de Guarulhos e outros 100 mil passageiros em Arujá.
Ainda de acordo com o sindicato, 95 linhas foram paralisadas e cerca de 600 ônibus que não saíram das garagens.
Em Guarulhos, foram paralisados os ônibus das empresas: Campo dos Ouros, Guarulhos Transportes, Vila Galvão, Viação Urbana Guarulhos e Real Transportes. Já em Arujá, foram paralisados os ônibus das empresas: Viação Arujá e Viação Transdutra.
A Secretaria de Transportes e Trânsito de Guarulhos informou que montou um esquema especial com micro-ônibus que prestam serviços em Guarulhos. “Parte dos micros, que faz o transporte da população dos bairros aos terminais, teve o roteiro alterado para transporte dos passageiros dos bairros para a região central da cidade”, disse a secretaria.
Reivindicações
Os trabalhadores pedem um reajuste da inflação e aumento real de 5% no salário e o mesmo reajuste no vale-refeição. Eles pedem o recebimento de 100% do valor do vale-refeição nas férias, ao invés dos 50% que recebem atualmente.
Outra reivindicação é uniforme padrão para todas as empresas. A data base da categoria é dia 1º de maio.
Em carta aberta à população, o sindicato declara que “a paralisação é necessária, é um direito de todo trabalhador e precisa ser executada toda vez que for preciso, para garantir nossas conquistas e direitos”.
De acordo com a categoria, “mais uma vez os trabalhadores se veem reféns de empresários que não são comprometidos com o cumprimento das leis trabalhistas e desdenham das necessidades básicas dos trabalhadores”.