Não haverá greve de funcionários do Metrô nem dos funcionários da CPTM nesta terça-feira (24/5).
Os metroviários adiaram a paralisação e decidiram continuar a negociação com o Metrô. Assim as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata do Metrô funcionam normalmente nesta terça-feira (24/5). Já a linha 4-Amarela é operada pela empresa privada ViaQuatro.
Já os funcionários da CPTM aceitaram a proposta da empresa e desistiram definitivamente de greve.
Nos dois casos, as decisões se deram em assembleia na noite desta segunda-feira (23/5).
METRÔ
Os metroviários aceitaram sugestão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, dada em audiência de conciliação, segundo a qual uma nova reunião ocorrerá na outra terça (31/5).
A categoria pede reajuste 10,82% (referente à inflação), mais 6,59% de aumento real. O Metrô propõe aumento de 7,5% no salário.
Na reunião de conciliação, o tribunal propôs 10,03%, o que recompõe a inflação pelo índice Fipe. Tanto metroviários quanto o Metrô rejeitaram a proposta.
Na assembleia, ficou decidido que, se não chegarem a um acordo na próxima semana, os metroviários farão greve no dia 1º de junho, na outra quarta-feira.
“Se não tiver acordo na terça-feira da semana que vem, na quarta-feira a cidade de São Paulo pode parar”, disse Altino Junior, presidente do Sindicato dos Metroviários.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região havia estabelecido, em liminar, que 80% do efetivo do Metrô trabalhasse em caso de paralisação nesta terça (24/5), sob pena de multa. Decisões do tipo não necessariamente impediram a categoria de fazer greve.
CPTM
No caso da CPTM, houve uma reviravolta em relação ao começo do dia. Também em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, a empresa voltou atrás de proposta feita inicialmente, de 10,44%, e acenou com 7,5%.
Antes da assembleia, porém, a CPTM tornou a propor 10,44%, aceito pelos sindicatos que representam a categoria.
Também estão previstos aumentos do vale-refeição, vale-alimentação, auxílio materno infantil (em março, com aplicação do IPC), bem como a equiparação desses benefícios aos valores que venham a ser fixados aos metroviários, a partir de janeiro de 2017.