O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) confirmou mais uma vez que cogita realizar paralisações de ônibus municipais na capital paulista se não houver acordo com as empresas de ônibus sobre a pauta de reivindicação salarial e de direitos trabalhistas da categoria.
Mas houve mudanças em relação ao que foi anunciado na semana passada.
Segundo a entidade, para a próxima terça-feira, dia 10 de maio, quando estava prevista uma paralisação, os motoristas e cobradores decidiram realizar uma passeata da sede do sindicato, na Liberdade, até à Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá.
Na sexta-feira, dia 13 de maio, se o impasse continuar, o sindicato promete parar todas as linhas de ônibus, deixando os veículos nas ruas, e fechando terminais e corredores, das 11h às 13h.
A categoria pede reposição da inflação acumulada mais aumento salarial real de 5%. Além disso, os trabalhadores querem R$ 2.000,00 de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e vale-refeição de R$ 19,00 para R$ 25,00.
Na última sexta-feira (6), o presidente do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), Francisco Christovam, informou ao Blog Ponto de Ônibus, que as empresas estão em negociação com os trabalhadores, mas a situação financeira do sistema de transportes na cidade de São Paulo não permite atender as reivindicações da categoria como foram apresentadas.
Francisco Christovam disse que a Prefeitura de São Paulo tem atrasado sistematicamente os repasses às empresas de ônibus referentes a gratuidades e meia passagem, o que tem provocado dificuldades financeiras em todo o sistema de transportes.
Francisco Christovam também disse que a Prefeitura de São Paulo não sinalizou de maneira clara se vai cumprir os reajustes nos valores de contratos com as empresas de ônibus na ordem de 6% a 7%, percentuais que deveriam ser aplicados neste mês de maio.
A SPTrans informou que não há atrasos constantes nos repasses.
“A secretaria [municipal de transportes] tem mantido diálogo permanente com todos os setores do sistema de transportes da cidade. Quanto aos repasses, têm sido feitos normalmente. Se houve algum tipo de atraso foi eventual.”
Desde 2013, as empresas atuam por meio de contratos emergenciais, já que a licitação que deveria ter sido finalizada no ano passado foi suspensa por recomendação do Tribunal de Contas do Município.
* Com informações do Blog Ponto de Ônibus