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sexta-feira, abril 19, 2024

Velocidade do sistema de ônibus na capital paulista

Apontada como prioridade pela gestão Fernando Haddad, a velocidade do sistema de ônibus de São Paulo teve um avanço tímido no ano passado e continua muito distante do patamar estabelecido pelo próprio prefeito em seu programa de metas.

Segundo dados da SPTrans, no pico da manhã a velocidade média das linhas de ônibus que circulam pela capital paulista ficou estável em 16 km/h – mesmo resultado obtido no ano anterior. No pico da tarde, ela subiu de 15 km/h para 17 km/h.

A velocidade, que impacta no tempo das viagens e na espera dos passageiros nos pontos, é calculada a partir de dispositivos de localização por satélite instalados na frota de coletivos, atualmente em 14.729 veículos. São consideradas as informações somente dos dias úteis.

Com os resultados, Fernando Haddad, entra no último ano do mandato longe da meta de elevar a velocidade média do sistema para 25 km/h.

Agora, a gestão afirma que a meta é alta e até já admite se dar por satisfeita se conseguir atingir os 20 km/h.

O desempenho insuficiente ocorre apesar de uma série de medidas que irritaram os motoristas de carro, mas foram justificadas pela gestão para acelerar os ônibus.

Entre elas está a implantação de mais de 400 km de faixas exclusivas, ante a meta inicial de entregar 150 km.

A queda dos índices de congestionamento no ano passado – reflexo da crise econômica e, para a prefeitura, da redução dos limites de velocidade – também parece não ter sido suficiente para impactar de modo significativo a circulação dos ônibus.

‘AMARRADO’

Segundo os dados da SPTrans, mesmo nos corredores (onde os ônibus trafegam com menos interferências e geralmente à esquerda das vias), a velocidade ficou longe da ideal –a média anual no pico da tarde ficou abaixo de 20 km/h em 7 dos 10 corredores da cidade.

OUTRO LADO

O secretário de Transportes da gestão Haddad, Jilmar Tatto, diz considerar “satisfatória” a evolução da circulação dos ônibus na cidade de São Paulo. Fruto, segundo ele, de medidas adotadas para a melhoria do desempenho do transporte público.

Jilmar Tatto afirma que os indicadores de velocidade consideram a média da cidade como um todo, mas que, nas faixas e corredores, que transportam maior quantidade de pessoas, os dados são melhores.

“Há uma grande parte do sistema viário que não tem exclusividade para os ônibus”, diz. “O maior tempo de circulação do usuário”, porém, “se dá a mais que 20 km/h, do ponto de vista de quantidade de pessoas”, afirma, em referência ao tráfego em corredores e faixas.

O secretário diz ver avanço nos três anos da gestão, e cita velocidade de 14 km/h em agosto de 2012, antes de Fernando Haddad assumir (os dados daquele ano completo foram de 15 km/h no pico da tarde).“Está subindo. Às vezes estabiliza. O fato é que os 500 km de faixas exclusivas que existem na cidade e os corredores que agora estão sendo entregues estão trazendo uma evolução”, afirma.

Apesar da expansão das faixas exclusivas à direita, a maior parte dos 150 km de corredores previstos (à esquerda) está atrasada e não deve ser finalizada em 2016.

Jilmar Tatto diz que ainda existem “gargalos” que atrapalham os ônibus, mas que é feito acompanhamento diário para resolver os problemas. “É uma coisa viva, não é estática. Tem um monte de interferências, manifestações.”

Para ele, a meta de 25 km/h – presente no programa de Haddad – é “alta” e configura “uma situação ideal onde não tem interferência nenhuma”. “Eu trabalharia essa meta de 20 a 25 km/h. Isso nós estamos alcançando onde há corredor e faixa exclusiva. Se bem que há locais, como na Paulista, em que não tem condições do ônibus andar a mais de 20 km/h devido aos cruzamentos e paradas.”

VELOCIDADE MÁXIMA

Após reduzir a velocidade máxima permitida dos veículos em geral nas principais avenidas da capital, Jilmar Tatto afirma que a prefeitura estuda impor limites mais baixos especificamente para os ônibus nas pistas exclusivas, para diminuir os acidentes.

Hoje esse limite costuma ser de 50 km/h na maior parte das vias. O objetivo, nesse caso, seria reduzir a máxima permitida, mas sem interferir no ritmo médio do sistema – que já é muito inferior.

“Tem reivindicação de reduzir em alguns locais a velocidade máxima dos ônibus. Estamos estudando. A prioridade é a segurança”, afirma.

* Com informações do jornal Folha de São Paulo

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